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Aposentadoria por um fio

Postagem atualizada em 16/07/2019 às 14h12

379 parlamentares da Câmara Federal aprovaram na noite de ontem (10/07), em primeiro turno, o texto da Reforma da Previdência de Bolsonaro (PEC 6/2019). O placar do plenário foi de 379 votos a favor contra 131 votos contrários à Proposta de Emenda Constitucional.

Usando como “argumento” um falso déficit na Previdência – já desmistificado em CPI do Senado de 2017 e com dados oficiais mostrados pela Anfip e pela Auditoria Cidadã da Dívida -, tentam convencer a população de que perder o direito de se aposentar é algo necessário para que o país volte a crescer e a gerar empregos.

Uma mentira cínica e deslavada, tal qual foram as de que o país voltaria a crescer e a gerar empregos se aprovassem a PEC do Teto de Gastos e a Reforma Trabalhista. Está provado que nada de bom aconteceu com a EC 95/2016 e com a Lei 13467/2017: perdemos direitos e nossa vida piorou!

A partir de hoje (11/07) o texto da Reforma Previdenciária seguirá, ainda na Câmara, com as apreciações dos destaques e depois do 2º turno da votação. O Presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que haverá expediente até domingo (14/07), se for necessário, para finalizar a tramitação da PEC 6/2019 entre os deputados e encaminhá-la ao Senado.

O plantão do SINASEFE em Brasília-DF acompanhou atento a votação e participou do Ato Público Contra a Reforma da Previdência, convocado pelo Fonasefe e realizado na quarta-feira (10/07) no Anexo II da Câmara.

Conjuntura em ebulição

Na terça-feira (09/07), dia em que teve início o debate e a votação da PEC 6/2019, tivemos a divulgação dos primeiros áudios da Vaza Jato pelo The Intercept, com a demonstração de que o procurador do MPF Deltan PowerPoint Dallagnol estava comemorando a proibição de entrevista de Lula durante as eleições do ano passado, deixando clara e evidente sua falta de imparcialidade na condução do caso.

Em entrevista à BBC, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), afirmou que “os erros de Moro” valeram a pena para “salvar o Brasil”. Já está liberado à direita admitir que a prisão de Lula é política e que eles possuem bandido de estimação!

Sobre a Reforma, que avançou capitaneada pela cessão de verbas bilionárias para os deputados que votaram favoravelmente ao governo, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), admitiu que a liberação desse dinheiro foi um “esforço pró-Previdência” da parte de Bolsonaro. Houve a admissão do crime de compra de votos por um Ministro de Estado e as Instituições seguem, ainda, em silêncio sobre isso…

Seguir na luta

O caminho que o SINASEFE aponta às suas bases e seções sindicais nesse momento é o da intensificação da luta: todos às ruas em defesa da previdência e contra o fim da aposentadoria e da seguridade social!

Amanhã, 12/07, às 10 horas, abrindo a 160ª PLENA, todos ao Grande Ato da Educação em Brasília-DF por Educação, Emprego e Aposentadoria!

Luto, para o SINASEFE, é verbo!