Postagem atualizada em 27/02/2013 às 14h08
A Coordenação Nacional de Entidades dos Servidores Federais – CNESF se reuniu em Brasília na manhã desta terça-feira (26) para retomar trabalhos e unificar pautas. O Sinasefe e a CSP-Conlutas com mais 11 entidades se preparam para trazer a Brasília mais de 15 mil servidores com aproveitamento da representatividade advinda da greve de 2012.
“Agora precisamos construir instrumentos efetivos, que retornem ao governo nossas reivindicações que ainda não contempladas, como data base, auxílio-alimentação, por meio da unidade de um eixo geral. Isso será feito com o trabalho de bases”, esclarece o coordenador-geral do Sinasefe, Shilton Roque. O sindicalista enfatizou ainda que o Sinasefe já está preparação de lutas para o dia 24 de abril com fortalecimento estadual e regional, podendo adequar paralisações conjuntas entidades locais para fortalecimento da plataforma.
O Sinasefe defendeu as atuais batalhas das categorias na reunião da CNESF, como o descaso do governo em não reconhecer acordo em GT para o Reposicionamento de Aposentados no PCCTAE, o que invocará forte embate político. Também informou as entidades presentes sobre a cobrança da legitimidade da mesa que dialoga com o governo sobre a carreira docente do EBTT: “Estamos trabalhando argumentações, pois a questão não pode ser discutida apenas com a entidade signatária do acordo de pouca representatividade na categoria (Proifes), então cobraremos o reconhecimento da mesa”, avisou Shilton.
Por ser uma das bandeiras defendidas amplamente pela CNESF, Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais e pelo movimento Espaço Unidade e Ação, haverá a coleta de abaixo assinado pedindo a anulação da Reforma da Previdência de 2003. Espera-se recolher mais de dois milhões de assinaturas do total de 11 milhões de servidores dos três poderes que contará com a colaboração de trabalhadores da iniciativa privada que são filiados as centrais sindicais. “Estamos preparando uma tarefa grandiosa que irá envolver atividades públicas de mobilização nas principais capitais do país e por meio das mídias de comunicação”, pontua Paulo Barela representante da CSP-Conlutas.
Para a Marcha, já foram desenvolvidos cartazes com a plataforma de lutas que trará mais um tema: o combate ao imposto sindical para o funcionalismo público. O Sinasefe como filiado a CSP-Conlutas está combatendo esta clara tentativa do governo em monopolizar de mais uma forma os direitos de autonomia do trabalhador, possibilitando que sindicatos pelegos recolham a contribuição repassada pelo governo em troca de negociação de direitos dos servidores públicos.
O tema foi tema de discussão em reunião das centrais sindicais na ultima segunda-feira (25) no Ministério do Trabalho e Emprego, em que a CSP-Conlutas vislumbrou o nítido absurdo da cobrança deste imposto que deixaria os sindicatos na dependência do Estado e desampara os trabalhadores na luta. Algumas centrais sindicais pediam a revogação da normativa do ministro Brizola Neto o que validaria a normativa que defende o imposto sindical produzida pelo ex-ministro Carlos Lupi. A CSP-Conlutas foi a única central que deixou clara a posição contraria a cobrança.
A CNESF retoma neste ano o processo de mobilização e de início liberará recursos para auxiliar na logística e na publicidade da Marcha à Brasília de 24 de abril, principalmente para movimentos sociais que solidarizam com a unidade. As forças das centrais e sindicatos estão se unificando e intensificarão a campanha pela nulidade da Reforma da Previdência (incluindo o fim do Fator Previdenciário e da Fórmula 85/95), contra o Acordo Coletivo Especial e a organização de plebiscito contra a Ebserh, entre as demais bandeiras estabelecidas.
O Sinasefe conclama a todos os trabalhadores do serviço público federal a participarem do fortalecimento da marcha em cada estado e no acompanhamento de projetos de lei que deturpam nossos direitos para formar junto a CNESF políticas de derrubada dessas matérias no Congresso Nacional.