Postagem atualizada em 04/11/2013 às 14h44
O GT Dimensionamento da Força de Trabalho realizou, no dia 23 de outubro (quarta-feira), na sede do MEC, em Brasília/DF, sua reunião mais recente. Durante o encontro, o principal debate exposto pelo SINASEFE foi contra a deficiência ainda presente na distribuição dos técnicos-administrativos nas IFE, problema tão visível que sequer foi negado pelo governo.
Mas é inadmissível que a justificativa apresentada pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do MEC seja a de que “a Rede está passando por testes”, como foi posta. Afinal de contas, estes “testes” estão precarizando o trabalho de milhares de profissionais, os quais não podem ser tratados como cobaias do governo em seus amadorismos políticos.
O SINASEFE trouxe à mesa um forte questionamento à metodologia aplicada pelo MEC na distribuição dos quantitativos de técnicos-administrativos e docentes pelos campi. A Setec tentou se justificar com base em seus testes e tentativas, mas sem conseguir esclarecer o porquê de uma métrica tão desproporcional.
Fato é que nunca fomos consultados para fornecer nossa contribuição à expansão, possibilitando que a mesma pudesse ter uma lógica adequada e satisfatória aos servidores. Se o governo não possuía parâmetros, deveria ter consultado os trabalhadores por intermédio de sua representação, e não “tentar a sorte” com testes que hoje se mostram equivocados e ineficazes.
Colocando os números à mesa
Conforme planilhas apresentadas, a Classe D é a que tem maior número de técnicos-administrativos, com 10.873; seguida pela Classe E, com 6.560. Já as Classes A, B e C possuem números respectivos de 454, 783 e 3.595 servidores lotados pelos Institutos Federais, sem contar com Colégios Federais, Escolas de Aplicação e Colégios Militares.
São mais de 18 mil cargos, mas ainda insuficientes para cobrir as necessidades dos mais de 350 campi espalhados pelo país. E é diante desta lógica expansiva perversa, realizada sem critérios e precarizando o trabalho de técnicos e docentes, que a Setec apresentou sua intenção de chegar aos 500 campi.
O SINASEFE quer uma distribuição dinâmica, eficaz e eficiente dos servidores
Vivenciamos, em nosso dia a dia, os absurdos da falta de planejamento do governo. O SINASEFE lembrou que a expansão criou cursos de moda em cidades interioranas, demonstrando que nenhuma pesquisa prévia junto à população e às necessidades locais sequer foi realizada. O GT absorveu nossa crítica e aceitou que em um mesmo Estado, cada unidade de ensino tem sua especificidade a depender das demandas dos municípios, e esta especificidade precisa ser compreendida e respeitada.
O SINASEFE trará à próxima reunião do GT, agendada para o dia 13 de novembro (quarta-feira), três representantes de unidades do EBTT para apresentar seus modelos de funcionamento de distribuição de cargos entre docentes e técnicos, de igual modo ao que ocorreu nesta reunião, quando os técnicos da Universidade Federal de Goiás (base da Fasubra Sindical) trouxeram suas experiências. Divulgaremos mais informações em breve, com o relatório da reunião.