Postagem atualizada em 11/01/2014 às 3h00
A racionalização de cargos do PCCTAE foi incluída no Acordo de Greve de 2012 e, com isso, foi instituído um GT para o debate dos itens referentes ao tema, os quais, historicamente, já se faziam presentes em discussões anteriores com o Governo, porém sem grandes avanços – além do descumprimento de prazos acordados.
O GT Racionalização, que começou em 2012, teve como membros Andifes, Conif, Fasubra, MEC, MPOG e SINASEFE, havendo se reunido por cinco vezes no ano passado, sempre na sede do MEC, em Brasília/DF.
A primeira reunião, em 29 de janeiro de 2013, tomou como ponto de partida o relatório construído pela Comissão Nacional de Supervisão (CNS), para recapitular a defesa pela aglutinação de cargos, bem como pela revitalização de outros que foram extintos pela Lei 11.091/2005.
As justificativas de cada caso contido no Artigo 18, que trata da racionalização de cargos e passou por revisão da CNS em 2011, foram expostas por Fasubra e SINASEFE.
No dia 13 de março deveria acontecer a segunda reunião do ano, mas esta não ocorreu na data prevista e foi reagendada para 17 de junho. Durante o encontro , quatro meses e meio após o anterior, as entidades classistas informaram sobre a apresentação feita aos componentes do GT e cobraram um posicionamento do Governo.
A Secretaria de Relações do Trabalho do MPOG informou que sua equipe encarregada de analisar o relatório não tinha “dado conta” de concluir os trabalhos por problemas de agenda e complexidade do tema. Informou, ainda, que alguns pontos carecem de análise jurídica, como, por exemplo, no tocante a cargos extintos e aglutinações, e que sem essa análise jurídica não poderiam apresentar um parecer conclusivo.
Houve questionamentos por parte do SINASEFE sobre o prazo para a conclusão dos trabalhos do GT sem a obtenção de uma resposta do Governo – segundo o Acordo de Greve, a conclusão deveria ter ocorrido no dia 31 de março de 2013. A informação de que o posicionamento governamental não seria dado naquele momento gerou indignação da Fasubra e do SINASEFE, que se manifestaram no sentido de que a ausência de palavra do Governo frustrava as bases que anseiam, há vários anos, por uma definição sobre a racionalização de cargos.
A bancada sindical ressaltou que o relatório da racionalização, produzido pela CNS, estava à disposição do MPOG para analise desde 2011 e que, portanto, não poderia ser visto como uma demanda nova. A verdade é que, na segunda reunião de 2013, o MPOG conseguiu frustrar todos/as os/as presentes na mesa e o Secretário do MEC, Paulo Speller, encerrou o encontro pedindo um posicionamento por parte do MPOG para a próxima reunião.
O novo encontro aconteceu em 25 de julho  e nele o MPOG apresentou uma aglutinação de cargos nas classes C e D que não atendem nossas reivindicações, afirmando não ter como fazer a racionalização dos cargos dos PCCTAE e que a proposta da bancada sindical trata-se de ascensão funcional, sendo isto um provimento derivado, o que seria inconstitucional.
Lamentavelmente o Governo impediu para os/as servidores/as do PCCTAE, através de uma falácia jurídica, o que já foi providenciado para outras categorias do Executivo, considerando o argumento de “provimento derivado” de maneira casuística. É de conhecimento público que Polícia Federal, INSS, TCU e outros órgãos fizeram a racionalização dos seus cargos e não encontraram nenhum obstáculo do jurídico. Por fim, o GT voltou a se reunir por mais duas vezes em 2013, nos dias 20 e 27 de agosto, para a construção de seu relatório final .
Enquanto perspectiva, não ficou apontada quaisquer possibilidades do Governo ceder ao atendimento de nossa pauta sobre a racionalização de cargos do PCCTAE. Esta cessão estaria diretamente ligada à aplicação de recursos e a política de Dilma Rousseff deixa bem claro que sua prioridade são os banqueiros, não os/as trabalhadores/as. Somente nossa luta poderá reverter esse quadro.
Confira a nota técnica lançada por SINASEFE e Fasubra acerca da racionalização dos cargos do PCCTAE
Matéria publicada no Boletim SINASEFE nº 542