Postagem atualizada em 05/09/2015 às 20h14
Após os informes do nosso Comando Nacional de Greve, a mesa de análise de conjuntura da 135ª PLENA foi aberta na tarde deste sábado (05/09), em Brasília-DF, contando com representantes de centrais sindicais (CSP-Conlutas), entidades classistas do funcionalismo público federal (Andes-SN, Fasubra e Fenasps) e da Federação Nacional dos Estudantes do Ensino Técnico (Fenet).
ANDES-SN
O primeiro debatedor foi Giovanni Frizzo, do Andes-SN, que sintetizou a necessidade do movimento em continuar a greve com a unidade das categorias, lembrando ainda que a Campanha Salarial 2015 teve início em novembro do ano passado, no Seminário Nacional dos Servidores Federais.
CSP-CONLUTAS
Gibran Jordão foi o representante da CSP-Conlutas – Central Sindical e Popular à qual o SINASEFE mantém filiação. Ele pontuou as dificuldades que a classe trabalhadora enfrenta na atual conjuntura, trazendo uma análise do cenário nacional e internacional, mas demonstrando que a resistência dos trabalhadores é importante no atual cenário de ataques a direitos historicamente conquistados.
Gibran, que também é coordenador da Fasubra Sindical, ainda ressaltou a importância de construção de uma contraproposta unificada das entidades (Fasubra e SINASEFE, no âmbito do PCCTAE) para ser apresentada ao governo, superando as dificuldades entre as direções, já que – apesar dos poucos avanços – a proposta atual ainda é muito ruim.
E, por fim, deixou o lembrete e convocou todos os presentes para a Marcha Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que acontecerá no próximo dia 18 de setembro, em São Paulo-SP.
FASUBRA
Rogerio Marzola, coordenador da Fasubra, enfatizou as dificuldades que as greves começam a enfrentar por estarem entrando no seu quarto mês, mas pontuou que as mesmas não possuem um “prazo de validade” estipulado para o próximo dia 11, como quer fazer crer o governo, já que depois da resposta do MPOG às entidades do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) – prevista para esta data! – ainda haverá, no mínimo, uma rodada de assembleias e debates junto às bases para deliberação sobre o aceite ou não do que for oferecido.
FENET
A coordenadora geral da Fenet, Bia Martins, fez a intervenção que rendeu mais aplausos do plenário, colocando sua posição de que na condição de estudante ela não gosta de greves por preferir estudar, mas que entende o cenário de precarização e sucateamento das IFE e sabe que os movimentos paredistas são uma opção melhor do que estudar nas atuais condições.
Os cortes no orçamento da Educação pelo ajuste fiscal e os ataques à classe trabalhadora, como os das MP 664/2014 e 665/2014, foram também lembrados pela estudante.
FENASPS
Por fim, José Campos, diretor da Fenasps (entidade que representa os servidores federais da saúde, trabalho, previdência e assistência social), complementou a crítica ao ajuste fiscal iniciada por Bia Martins, lembrando que o país vive uma fase de desindustrialização – deixar de produzir mercadorias para ser exportador de commodities.
José Campos também citou o corte de ponto que o governo iniciou contra a categoria em greve que a Fenasps representa, complementando que apesar deste ataque direto aos trabalhadores, a greve continua.
A MESA EM IMAGENS
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