CSP-Conlutas repudia repressão desta terça (13/12) em Brasília-DF

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CSP-Conlutas repudia repressão desta terça (13/12) em Brasília-DF

Postagem atualizada em 16/12/2016 às 10h59

A Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas) divulgou nesta quarta-feira (14/12) uma nota de repúdio à repressão sofrida pelos estudantes e trabalhadores organizados no último dia 13/12, após a aprovação da PEC 55/2016. Sindicalizados do SINASEFE estavam participando desta atividade e também foram vítimas da traculência do Estado. A cobertura com vídeos e fotos está disponível na página do Facebook do sindicato. Além de repudiar a truculência policial em não permitir a manifestação, a Central fez um relato dos fatos ocorridos naquela tarde. “É inadmissível um Congresso de corruptos, financiados pela Odebretch e outras empreiteiras, aprove a PEC-55 que limita investimentos em saúde, educação e nas áreas sociais por 20 anos, coloque seu aparato repressivo contra uma manifestação legitima e pacífica.”

Íntegra da nota

É inadmissível um Congresso de corruptos, financiados pela Odebretch e outras empreiteiras, aprove a PEC-55 que limita investimentos em saúde, educação e nas áreas sociais por 20 anos, coloque seu aparato repressivo contra uma manifestação legitima e pacífica.

Essa medida foi aprovada em primeiro turno no dia 29 de novembro, por 61 votos contra 14 e desta vez por 53 a 16. Esse projeto passou em meio a violenta repressão e autoritarismo.

Entidades do movimento sindical, popular e estudantil foram a Brasília com o objetivo de fazer uma passeata contra a aprovação da PEC-55. Além de estudantes, estavam presentes a CSP-Conlutas, com uma coluna de servidores, professores universitários organizados pelo Andes-SN, Sinasefe, metalúrgicos de São José dos Campos (SP), judiciário federal e do Maranhão, bancários entre outras categorias.

A CSP-Conlutas, Andes-SN, MTST, tentaram negociar para que o ato ocorresse, mas não houve acordo.

A polícia proibiu um caminhão de som, que tinha autorização para entrar na Esplanada para a realização do ato. Impunha revistas ostensivas e individuais aos milhares de presentes, feitas em homens e mulheres de forma indiscriminada. Além disso, não houve a presença de policiais mulheres, o que viola a própria legislação. A passeata não aconteceu e logo em seguida veio a repressão.

O governo montou um mega esquema para impedir a realização do protesto.  Bombas de gás, balas de borracha e jatos de spray de pimenta foram atirados contra os manifestantes. A tropa de choque avançou por diversas vezes, assim com a cavalaria, empurrando os manifestantes para a rodoviária do Plano Piloto. Sem se importar com as centenas de crianças e idosos que estavam na rodoviária, as forças policiais jogaram bomba de gás dentro da rodoviária, formaram um cerco e distribuíram cacetadas de forma indiscriminada, inclusive em pessoas que estavam passando pela rodoviária e sequer participavam do ato.

Cerca de 100 pessoas foram presas, em sua maioria estudantes, que só foram liberados horas depois, e parte delas poderá ser enquadrada na Lei de Segurança Nacional.

A CSP-Conlutas repudia a truculência policial em não permitir a manifestação, que é um direito democrático.

É inadmissível um Congresso de corruptos, financiados pela Odebretch e outras empreiteiras, aprove a PEC-55 que limita investimentos em saúde, educação e nas áreas sociais por 20 anos, coloque seu aparato repressivo contra uma manifestação legitima e pacífica.

Repudiamos a ação truculenta da PM-DF a mando do governador Rodrigo Sobral Rollemberg e do presidente em exercício Michel Temer.

A nossa classe não se intimidará. Reforçamos a necessidade de continuar em luta contra os ataques de Temer e dos governos estaduais e seguiremos mobilizados por uma greve geral, já!

Por Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas
Crédito da imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Confira este material no site da CSP-Conlutas