Postagem atualizada em 17/10/2018 às 19h57
Precisamos falar e publicizar a discussão sobre o assédio, para que mais trabalhadores e trabalhadoras possam se defender e denunciar os abusos cometidos nas instituições em que trabalham. Falar sobre o assédio é importante e relevante porque impacta diretamente na saúde emocional da vítima que sofre e, consequentemente, no ambiente de trabalho.
O assédio moral é a prática de ataques contra colegas de trabalho, inferiores hierárquicos, assim como superiores, mas que neste caso são menores as quantidades de incidências, pois o agressor se aproveita que não há tanta publicidade quanto a este tema, a vítima sente vergonha, medo ou culpa quando é assediada e as testemunhas se omitem. É caracterizado por ações como constrangimento, tentativa de ridicularização, estereotipação, humilhação, guerra psicológica, manipulação, abuso e promoção de situações desconfortáveis e atentatórias contra a dignidade humana e o respeito a que todos e todas nós temos direito.
Infelizmente o atual contexto pelo qual passamos faz cada vez mais aflorar a competitividade, produtividade, o individualismo e a intolerância ao outro, fazendo com que aumentem as situações assediantes, o que vai na contramão da legislação que preza pelo respeito aos direitos individuais e coletivos. Assim, faz-se necessário reprimir tais ataques contra a dignidade humana, rompendo o silêncio e a impunidade que rondam os micropoderes. Mas para tanto é necessário conhecer a real situação de violências e seus impactos sobre a saúde psicológica dos trabalhadores e trabalhadoras.
Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS), um estudo referente ao assédio moral no trabalho mostrou que até 2020 cerca de 20% dos casos chegarão a extremos fatais, com cometimento de suicídio, e 40% de aposentadorias serão antecipadas por causa do assédio moral.
Esse problema se aprofunda principalmente quando se trata de assédio cometido contra as mulheres, que para além do assédio moral também sofrem com o assédio sexual , seja no transporte público como também no ambiente de trabalho. No Brasil, o último levantamento aponta que 42% das mulheres brasileiras foram atingidas por casos de assédio sexual e 15% desses casos ocorreram no ambiente de trabalho. É importante afirmar às trabalhadoras e aos trabalhadores que toda e qualquer atitude de assédio cometida deve ser denunciada ao sindicato, ao Ministério do Trabalho e aos demais órgãos competentes.
A Pasta de Combate às Opressões do SINASEFE lança hoje (17/10), Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral e Sexual no Serviço Público (convocado pelo Fonasefe e pelo Fonacate), vídeos informativos sobre os temas.
Chega de “fiu fiu”, chega de olhares invasivos e chega de piadas ofensivas: assédio é crime e não mais seremos silenciadas!
Texto produzido pela Pasta de Combate às Opressões do SINASEFE
Secretário: Felipe Oliver (Assines-RJ)
Secretária-Adjunta: Cristiane Gonzaga (Sindsifce-CE)
Vídeos
Assista e compartilhe os vídeos nos links abaixo. E lembre-se: nossa melhor ferramenta de luta é a informação!
Cartilhas
Confira nos links abaixo, em formato PDF, as cartilhas da Assessoria Jurídica Nacional (AJN) do SINASEFE sobre assédio moral e assédio sexual: