2º Diálogo Continental pela Educação: relatório de participação

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2º Diálogo Continental pela Educação: relatório de participação

Postagem atualizada em 14/02/2019 às 11h13

De 30 de janeiro a 3 de fevereiro deste ano, em Havana, capital de Cuba, foi realizado o 2º Diálogo Continental pela Educação promovido pela CEA.

Leia abaixo o relatório de participação da coordenadora geral do SINASEFE, Camila Marques:

Relatório do 2º Diálogo Continental pela Educação

A reunião da Confederação de Educadores Americanos (CEA) ocorreu dentro do Congresso Pedagogia 2019, porém possuindo um recorte diferenciando e uma dinâmica e programação próprias. Os trabalhos da CEA foram coordenados pelo presidente da entidade, Fernando Radal, e pelos companheiros do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Cuba.

Contou com a presença do Sindicato dos Trabalhadores do México, que é um sindicato único; com vários sindicatos de trabalhadores da Argentina, do Uruguai e de diversos países da América Central e da Europa – com destaque para Espanha e Portugal. No espaço foi debatido o avanço e a reorganização da ultradireita mundial e seus desdobramentos sobre a luta dos trabalhadores da educação e as nossas formas de organização.

Foi tratada a gravidade da conjuntura internacional, que mesmo em países com tradição republicana, socialdemocrata e de estado de bem-estar social, a ultra-direita tem vencido não somente eleições, mas ganho a adesão de setores expressivos da população.

Esses setores da ultra-direita e fascistas têm avançado na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, e têm atuado de maneira organizada. Estão construindo articulações políticas para intervir na geopolítica mundial.

Frente a isso, os trabalhadores da educação têm um papel central na luta conjunta da classe trabalhadora: o diálogo com as famílias dos estudantes na disputa de concepção de projeto político. Para isso é fundamental estarmos fortalecidos enquanto trabalhadores da educação e sobretudo com a nossa identidade de classe.

Foram citadas, ainda, as graves situações dos trabalhadores da educação em países da América Central que são regidos por ditaduras. E foram frisadas preocupações com os ataques dos Estados Unidos ao governo democratiamentente eleito na Venezuela e com a prisão política do ex-presidente Lula (PT) no Brasil.

O evento encaminhou:

  1. a necessidade de reafirmar o compromisso da classe trabalhadora com os princípios da educação;
  2. a luta pela agenda 2020-2030 da educação (construída no Congresso Pedagogia 2019);
  3. e a rearticulação e fortalecimento da CEA para atuar na atual conjuntura.

Os representantes do SINASEFE e da Fasubra que estiveram presentes no 2º Diálogo Continental pela Educação se comprometeram a reforçar os vínculos e o debate da CEA nas duas entidades nacionais e a se rearticular com as demais entidades filiadas no Brasil para cumprir essas tarefas. Afinal, a luta dos trabalhadores precisa ser internacionalista!

O crime de rico a lei o cobre

O Estado esmaga o oprimido

Não há direitos para o pobre

Ao rico tudo é permitido

À opressão não mais sujeitos

Somos iguais todos os seres

Não mais deveres sem direitos

Não mais direitos sem deveres

Bem unido façamos

Nesta luta final

Uma terra sem amos

A internacional

Camila Marques (coordenadora geral do SINASEFE)

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