Postagem atualizada em 26/02/2019 às 21h09
Há décadas a data do 8 de março é dedicada, internacionalmente, à luta das mulheres. Nos últimos três anos a data também está se tornando um dia de greve e paralisação mundial em defesa da vida das mulheres. O SINASEFE aderiu, em sua 157ª PLENA, ao movimento paredista global e aprovou a realização de uma Semana de Luta das Mulheres (de 8 a 14 de março). A proposta para o período é de realizar atividades pautando temas como feminismo, violência machista, luta por direitos das mulheres, descriminalização do aborto, além de exigir justiça por Marielle e Anderson, assassinados em 14/03/2018.
Objetivos
Além da paralisação na sexta-feira (8/3), o SINASEFE orienta a realização de atividades públicas nos locais de trabalho ao longo da semana. Buscar envolver mulheres de todos os espaços e condições de vida: negras, indígenas, quilombolas, com deficiência, lésbicas, bissexuais, trans, cis, idosas, encarceradas, periféricas, camponesas, sem teto, mães, não mães, estudantes, jovens, desempregadas, etc.
Sugestões de atividades e atos
- Marcha pela vida das mulheres e contra a retirada de direitos;
- Paralisação com mobilizações;
- Panfletagens;
- Varal feminicídio (pendurar em um varal o nome das mulheres que foram assassinadas);
- Cortejo em que mulheres caracterizadas falam os nomes e as condições em que as mulheres foram mortas;
- Esquetes teatrais abordando questões do machismo e do feminismo;
- Jogo da Previdência (considerando um jogo de sequência em que ao invés de dados é a condição de vida que faz andar pra frente na direção da aposentadoria, ficar parado ou se afastar – por exemplo: demitida logo após a estabilidade da gravidez a mulher anda cinco casas para trás porque passou cinco anos sem conseguir novo emprego e não contribuiu para a previdência);
- Cursos de autodefesa para mulheres;
- Alarme que toca a cada 11 minutos, para lembrar de quanto em quanto tempo uma criança ou mulher é estuprada no Brasil;
- Apresentação de DJ’s mulheres com músicas feministas;
- Confecção de camisetas e outros acessórios com estêncil de marcas feministas;
- Oficina de esportes supostamente masculinos (rugby, futebol, sinuca, boxe, judô, etc);
- Cinedebates: filmes com debates sobre questões feministas: “Acorda Raimundo”, “As sufragistas”, “Muito além dos seios”, “Estrelas além do tempo” e outros (confira mais nesta lista de sugestões 1, sugestões 2, ou mesmo nesta terceira lista);
Ideias de debates e/ou rodas de conversa
-
Emancipação e empoderamento feminino;
-
História do feminismo;
-
Correntes do feminismo;
-
Interseccionalidades da luta feminista com outras: a luta anticapitalista, de combate ao racismo, à LGBTfobia e a todas as outras formas de opressão e exploração;
-
Assédio (moral e sexual);
-
Violências: física, psicológica, patrimonial e econômica, moral, sexual, institucional. Explicar o que são: gaslighting, manterrupting, mansplaining, bropriating (mais informações sobre estes termos);
-
Direitos Trabalhistas e sociais;
-
Direito ao corpo e liberdade sexual;
-
Trabalho silenciado e não remunerado (trabalho doméstico, reprodutivo, de cuidado da família);
-
Mulheres na ciência (destacar mulheres que deram contribuições fundamentais à ciência cujas histórias são silenciadas ou apagadas);
-
Mulheres invisibilizadas na História (nas guerras, como lideranças políticas, nas artes, nas ciências, na economia, como empresárias, etc)
-
Equidade;
-
Direito e condições para realizar a maternidade e a maternagem e para escolher não ser mãe;
-
Discriminalização e legalização do aborto (aborto legal no Brasil: casos de estupro – não precisa é necessário boletim de ocorrência – anencefalia e risco de vida pra mãe), questão de saúde pública, questãao de equidade (para as mulheres ricas o aborto já é legal no Brasil, apenas as negras e pobres morrem), ;
Produção de materiais gráficos
-
Panfletos
-
Manifesto (há o das Argentinas, das estadunidenses, entre outros que podem servir de inspiração)
-
Bottons
-
Adesivos
-
Leques (para distribuição no carnaval, por exemplo)
-
Bandanas (nas cores do feminismo: lilás, roxo, ou verde símbolo da luta pela legalização do aborto a partir da luta das argentinas)
-
Fitas (como a da AIDS, mas nas cores roxa ou lilás)
-
Faixas
-
Camisetas
-
Lenços
-
Cartazes sobre: mulheres nas ciências; mulheres revolucionárias; direitos das mulheres; conquistas das mulheres na história; dados de violência; mulheres nas artes.
Conteúdo Relacionado