Postagem atualizada em 20/09/2024 às 17h14
Há semanas, uma grande nuvem de fumaça cobre boa parte dos territórios ocupados pelo Brasil, Bolívia, Paraguai, Peru e Argentina. Incêndios gigantescos queimam a Amazônia, o Cerrado, o Pantanal e o sudeste. O principal responsável por essa tragédia? O agronegócio. O agro destrói as florestas para criar gado e cultivar soja, milho ou outro produto feito commodities, para então ser exportado e encher os bolsos dos empresários. Para isso, não hesita em matar quem tenta impedir essa destruição: sejam indígenas, quilombolas ou ativistas ambientais.
A destruição dessas florestas perturba o sistema orgânico das matas e rios que garantem a umidade do ar. E agora enfrentamos a maior seca já registrada nesses territórios. Isso poucos meses depois de enchentes históricas afetarem centenas de cidades no chamado Rio Grande do Sul. Tanto as chuvas que causaram a inundação quanto a seca que agora agrava e amplia os incêndios criminosos do agronegócio são fruto das mudanças climáticas causadas pela emissão de gases de efeito estufa.
Estamos no meio de outra catástrofe gerada pelo capitalismo.
A maior parte dos alimentos que consumimos não vem do agronegócio, e aquilo que vem, vem cheio de venenos e outros químicos. O agronegócio serve só para enriquecer empresários, enquanto contamina nossos corpos, nossa água, degrada o solo e queima nossas florestas.
Enquanto isso, todos os governos, sejam de esquerda ou direita, seguem financiando os ruralistas e sua cruzada contra a diversidade, contra a vida, contra a própria Terra.
“Lutar pela defesa e autonomia dos povos em seus territórios, preservando os biomas com manejos ecológicos que respeitem a biodiversidade e que garantam nossas soberanias (alimentar, hídrica, energética). Lutar por uma revolução agrária, antirracista e antipatriarcal que fortaleça os territórios coletivos. A luta pela terra é a luta pela vida! Se a revolução não for o limite do capitalismo, o planeta será!” destaca a Teia dos Povos.
Por isso a Teia dos Povos convida para a Semana de Ação Pela Terra e Contra o Agro, de 21 a 28 de setembro. Vamos nos organizar com nossos afetos, coletivos e organizações para agir contra o agronegócio e o capitalismo, em defesa da terra e da vida.
Organize manifestações, ações de propaganda, bloqueie a logística do agronegócio, demonstre sua raiva e seu desprezo por um sistema que está nos matando lentamente com fumaça, poluição, com a destruição da vida e/ou com tiros.
Agir é uma questão de sobrevivência.
Envie os registros e ações para: emdefesadaterra@riseup.net e imprensa@sinasefe.org.br
*Material publicado originalmente pela Teia dos Povos.