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22 dias de Greve do SINASEFE: análise e perspectivas

Postagem atualizada em 07/06/2022 às 19h01

Deflagrada no dia 16/05, a greve do SINASEFE avança em todo o país. Nesta terça-feira (07/06), 13 seções sindicais em 12 estados encontram-se paralisadas. O movimento crescerá ainda nessa semana, com assembleias marcadas por seções em outros três estados.

Mais do que a questão salarial, a greve do SINASEFE já se revela como a principal ferramenta contra o desmonte da Rede Federal. Anunciados no último dia 27/05 pelo Ministério da Economia, os cortes poderiam chegar a incríveis R$ 3,2 bilhões no orçamento federal. Na última sexta-feira (03/06) o governo recuou, e estabeleceu um novo patamar: 7,2%.

A respeito dessa redução, vimos uma manifestação infeliz do presidente do Conif, “comemorando” a redução do corte, como se o governo estivesse fazendo um grande favor em manter o dinheiro necessário ao funcionamento de nossas escolas.

Esse reitor é o mesmo que ameaça cortar o ponto dos servidores no IFPA, reivindicando a já superada IN 54/20 : uma norma infra legal, ilegal, que, na prática, retira dos servidores o exercício legítimo ao direito de greve. Conforme entendimentos da CGU, do STF e do próprio Ministério da Economia, a Portaria nº 3.852 04/05/22, encerrou a discussão ao autorizar que gestores implementem termo de acordo com servidores grevistas a fim de se evitar o corte de ponto.

Enquanto isso, o SINASEFE segue em luta para que seja ouvido pelo governo. Depois de ter a porta fechada por todo o primeiro semestre, finalmente o comando de greve, juntamente com a Direção Nacional foram recebidos virtualmente pela Setec-MEC. No entanto, o secretário Tomás e sua equipe se comprometeram com muito ouvir e pouco fazer: repetindo o argumento da Lei de Responsabilidade Fiscal – argumento falacioso, sempre é bom lembrar. Disseram que se comprometem, com o novo ministro da Educação, a tentar reverter o colapso das escolas da Rede Federal. Sobre nosso reajuste, o secretário se esquivou, como se a justa remuneração dos servidores da rede não fosse interesse imediato da secretaria gerida por ele.

Nosso próximo passo: em conjunto com Andes-SN e Fasubra, protocolaremos no MEC uma pauta unificada, onde apresentaremos ao governo todas as reivindicações e demandas represadas ao longo dos últimos anos.

Assim, para que o governo nos ouça e, principalmente, abra a mesa para negociar, só temos uma ferramenta: a greve. Estamos convictos de que essas reuniões são fruto dessas semanas de movimento paredista, e só o reforço nessa luta vai fazer o governo reconhecer a justeza de nossas reivindicações.

SINASEFE EM GREVE, SINASEFE DE LUTA!

Comando Nacional de Greve

Imagens das atividades da greve ao redor do país (veja mais aqui)

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