Postagem atualizada em 07/12/2012 às 0h06
O tema “Unir os trabalhadores em defesa da educação pública”, reuniu mais de 350 pessoas para o 27º Consinasefe. A mesa de abertura iniciada nesta quinta-feira (6), foi composta pelos coordenadores gerais do Sinasefe Nacional William Carvalho, Silvio Rotter e Bruno Andrade; o vice presidente do Andes, Luiz Henrique Schuch; a Coordenadora de Mulheres Trabalhadoras da Direção Nacional da Fasubra, Ivanilde Reis; Atenágoras da Executiva Nacional da CSP- Conlutas; a coordenadora nacional da Fenet, Ana Carolina Sarmento; da diretora do Colégio Pedro II campus Tijuca, Virgília; Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro – SEPE/RJ, Uíria; representante da Executiva Nacional e do Movimento de estudantes da ANEL, Julio; vice-presidente do sindicato da Fundação Osvaldo Cruz, Justa Helena Franco; e o membro da Direção Nacional do Sindscope, Sérgio.
O companheiro Schuch do Andes elogiou e destacou a necessidade do temário escolhido para o Congresso do Sinasefe, posteriormente reforçado também por Ivanilde da Fasubra. As questões da luta contra o Acordo Coletivo Especial e a Ebserh foram respectivamente defendidas pelas entidades Andes e Fasubra.
Cada membro da mesa se apresentou, assim como Uíria da SEPE, que defendeu que a educação sofre ataques de todos os níveis; ataque aos direitos conquistados, a carreira e a própria educação. “Precisamos discutir a unificação de esforços”, disse. Já Ana Carolina Sarmento do movimento estudantil da FENET ressalvou a importância da greve desse ano, em que todos os servidores se uniram, incluindo estudantes.
Felipe, do Movimento Estudantil do Colégio Pedro II, local onde é realizado o 27º Consinasefe, apresentou a união como ponte principal de luta entre estudantes e trabalhadores. Para ele, se faz necessária a discussão sobre a situação da educação nas próprias salas de aula e a luta por condições melhores de estudo, como laboratórios práticos. Relembrou a colaboração do Sinasefe na greve deste ano, contextualizando com a memória de oito estudantes do Colégio Pedro II, que morreram lutando pelos seus direitos durante da ditadura militar. Os estudantes disseram que, dentro das escolas, é necessário exercitar o censo critico, contra o governo que cega a população para a realidade.
William Carvalho, coordenador geral do Sinasefe, finalizou a mesa de abertura elogiando a decisão da Plenária do Sinasefe que, mesmo após a greve que discutiu o ataque dos direitos de greve e demais embates da categoria, como a luta contra o ACE, Ebserh, entre outros, houve tamanho esforço de todos para que o Congresso acontecesse. “Valeu a pena se unir para preparar a categoria contra os enfrentamentos do dia a dia na educação básica”, afirmou o coordenador.
Mesa de debates sobre “Unir os trabalhadores em defesa da educação pública”
O primeiro debate do congresso teve a dissertação política e intelectual do professor da ADUFRJ, Roberto Leher: que lembrou a formação do capital humano, que através de recursos humanos, ‘coisifica’ seres humanos que estão nas escolas que provoca a tendência do governo em fazer com que os trabalhadores das escolas sejam expropriados dos seus conhecimentos. O professor defendeu a escola unitária: escola socialista, que não separa os que pensam e os que fazem. “Desde os anos 80 estamos aprendendo a lutar por nossos direitos, porem não conseguimos dar um salto positivo em defesa da educação brasileira, no âmbito da escola publica”, disse Leher, justificando como solução, a união “dos de baixo”, necessitando um novo ponto de partida formada por protagonistas da educação e não somente com os diretores da educação contaminados pela lógica capitalista.
“A união do Sinasefe, Andes e Fasubra representa central aglutinadora das lutas, fortalecendo os debates entre os trabalhadores da educação”, elogiou o palestrante, que acredita que os assuntos educacionais no Brasil é comandado por um ideal do governo, que busca quebrar os trabalhadores da educação, impondo metas com avaliações, como ENADE ENEM. Ao realizar mais encontros, com estudantes e trabalhadores de educação básica e superior é possível prosear sintetizar perspectivas próprias alem do capital, uma educação com conteúdo de classe, finalizou o professor.
Participaram ainda da mesa, Shilton Roque, coordenador da pasta jurídica do Sinasefe; João Pedro Coordenador da Fasubra; Sérgio, da DN do Sindscope; Luiz Henrique Schuch, vice-presidente do Andes; e Atenágoras da CSP – Conlutas. João Pedro defendeu a existência de mudanças de estratégias no intuito de convencer as classes que estão escondidas e iludidas pelo sistema capitalista. Na opinião do vice-presidente do Andes, há dentro das academias professores, principalmente das ciências humanas, uma adaptação dentro dos modelos do governo. “O Governo considera que emplacou uma ideia pragmática que os sistemas educacionais são dependentes da equação econômica”. Já Atenágoras da CSP – Conlutas apoiou todo o esforço mediado possível, no intuito de juntar o debate conjunto, para conscientizar a todos que a escola publica que desejamos e preciso ser reconstruída, combatendo o Ascenso do neo liberalismo.
Os participantes do Congresso expuseram suas proposições e fizeram debates junto com os palestrantes da mesa, que finalizaram o primeiro dia em clima de celebração se direcionando para o coquetel da noite. Veja todas as fotografias no Perfil do Sinasefe no Facebook: