Postagem atualizada em 11/07/2020 às 12h16
Neste dia 29 de agosto celebra-se em todo Brasil o Dia da Visibilidade Lésbica. Em tempos de numerosos retrocessos, refletir sobre a importância de lutas como esta se mostra ainda mais urgente. Para além da visibilidade de suas bandeiras, a luta das mulheres lésbicas se pauta no direito continuar existindo e fazendo parte da história.
As mulheres lésbicas seguem denunciando a violência lesbofóbica e os repetidos ataques à vida que enfrentam diariamente. Neste sentido, a publicação do Dossiê sobre Lesbocídio no Brasil possibilitou a sistematização de dados sobre o tema, mostrando-se também como espaço de memória coletiva das lésbicas assassinadas e/ou que cometeram suicídio. Segundo o documento, entre 2000 e 2017, foram registrados 180 casos de lesbocídios.
“O lesbocídio, diferente do feminicídio, não é um ato que possui tão recorrentemente características domésticas e familiares, como poderá ser constatado por meio dos dados apresentados ao longo deste trabalho. São hegemonicamente tentativas de extermínio, catalogadas como crimes de ódio e motivadas por preconceito. São ações que demonstram a inabilidade de alguns segmentos da população de aceitarem as lésbicas e as respeitarem como pessoas em igualdade direitos e deveres constitucionais”, explica a publicação. Leia o Dossiê.
A origem do Dia da Visibilidade Lésbica retoma ao I Seminário Nacional de Lésbicas (Senale), em 1996. Dentre os objetivos do evento, estava o questionamento aos padrões culturais pré-estabelecidos e a proposição de rompimento com o padrão heteronormativo socialmente aceito.
A Coordenação de Combate às Opressões do SINASEFE (CCO) reafirma a luta do sindicato nacional contra todo tipo de opressão. “Lembramos que, além de refletir sobre o tema neste dia 29/08, é importante construir, no cotidiano, espaços de debate e acolhimento da mulher lésbica” destaca a CCO.