Postagem atualizada em 29/11/2024 às 14h49
Celebramos nesta sexta-feira (29/11) o Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino, data instituída para lembrar o direito à autodeterminação dos palestinos.
Na busca pelo fortalecimento da memória sobre a população palestina e pelo compromisso de solidariedade assumido pela Organização das Nações Unidas (ONU) a respeito desta população, esta data é carregada de memórias e significados para toda a comunidade internacional, que entende a luta palestina como uma questão transfronteiriça.
O SINASEFE vem, junto com o mundo, assistindo estarrecido os ataques às populações civis no território Israel-Palestina. Sabe-se que muitos ataques foram perpetrados em um conflito injusto e desproporcional em que a população palestina encarcerada a céu aberto em Gaza, com uma população majoritariamente composta por mulheres e crianças e sem alvos militares identificáveis, visto que nunca foi permitido ao povo palestino organizar suas Forças Armadas, vem sendo massacrada por bombardeios e por investidas por terra contra residências, hospitais, escolas e outros locais civis.
Clamamos pelo respeito aos direitos humanos, à proteção das populações civis, especialmente das crianças, pela garantia de autodeterminação dos povos, pelo não uso de armas de destruição em massa – iniciado pelos EUA contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki, que vitimou centenas de milhares de pessoas instantaneamente e segue vitimando até hoje – e que seguem sendo usadas, armas químicas e biológicas, como napalm e bombas de fósforo branco (que estão banidas por tratados internacionais como a Convenção de Genebra), o respeito às decisões e tratados de paz, como o Tratado de Oslo, no caso da Palestina, e os Tratados de Minsk, no caso da Ucrânia, entre vários outros.
O SINASEFE deposita toda solidariedade ao povo palestino, vítima de um Estado de apartheid de Israel e de um genocídio neste momento, e a todos os povos atingidos nessas guerras criadas para beneficiar os grande capitalistas da indústria bélica e os interesses coloniais e imperialistas, exigindo respeito às mais de uma centena de decisões da ONU de reconhecimento e direito à autodeterminação do povo palestino.
Origem e contexto
O contexto da criação do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino se dá em 1947, onde a ONU, composta por 57 nações, realiza uma votação a respeito da divisão da Palestina. O resultado da votação foi favorável à fragmentação do território em dois Estados (Palestina e Israel), onde 56% da área passaria a pertencer ao povo israelense, e o restante ao povo palestino.
Na fundação de seu Estado, Israel, por meio da força, passou a ocupar 78% do território, promovendo a expulsão dos palestinos de suas terras designadas. A partir daí os palestinos passaram a se refugiar em acampamentos na Cisjordânia, Gaza, Líbano, Jordânia e Síria. Em 1967, O Estado de Israel se apossou do restante do território que, por determinação da ONU, pertencia à instauração do Estado Palestino.
Dez anos mais tarde, em 1977, a Assembleia Geral da ONU determinou, através da Resolução 32/40 B, que o dia 29 de novembro passasse a ser celebrado como Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino.
A existência do Dia Internacional de Solidariedade com o Povo Palestino em 29 de novembro é útil para que todos se mobilizem e se sensibilizem globalmente para com o povo palestino, que carrega um grande histórico de perdas e violações sofridas. Porém, a luta pelo direito a autodeterminação e todas as demais garantias estabelecidas pelo Direito Internacional para com todos os povos, incluindo o povo palestino, precisa ser diária e encarada como uma questão que transcende fronteiras, culturas e quaisquer barreiras internacionais.