Postagem atualizada em 12/07/2020 às 19h10
Bolsonaro afirmou na noite de ontem (28/04), em frente ao Palácio do Alvorada, que é “Messias” mas que não faz milagres, mas antes tripudiando das mais de cinco mil vidas ceifadas no país pela COVID-19 com um “e daí?”.
Como foi isso?
“A gente ultrapassou o número de mortos da China por COVID-19”, falou um repórter, que foi interrompido por Bolsonaro com o seguinte questionamento: “E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”.
Irresponsabilidade e insensibilidade recorrentes
“As mortes de hoje, a princípio, essas pessoas foram infectadas há duas semanas. É o que eu digo para vocês: o vírus vai atingir 70% da população. Infelizmente é a realidade. Mortes vão haver. Ninguém nunca negou que haveria mortes”, continuou Bolsonaro, que já chamou a COVID-19 de “gripezinha” e de “resfriadozinho”.
Situação se agrava no país
O Brasil bateu nesta terça-feira (28/04) novo recorde de mortes em um dia em razão da pandemia da COVID-19, com 474 óbitos. Segundo atualização do Ministério da Saúde, o total subiu para 5083, aumento de 10,54%. O acréscimo mais alto até então havia sido na última quinta-feira (23/04), quando foram contabilizados 407 mortos. Com isso, o país ultrapassou a China em número de vidas perdidas. Até o momento, o país asiático registrou 4643 mortes.
O Brasil chegou a 73166 pessoas infectadas. Entre segunda (27/04) e terça-feiras (28/04), foram adicionadas às estatísticas mais 5385 casos, aumento de 8,1% em relação a domingo (26/04) e segunda (27/04), quando estavam registrados 66501 mil pessoas nessa condição. Foi o segundo maior número em 24 horas, atrás apenas do último sábado (25/04), quando foram acrescidos 5514 novos casos ao balanço.
A situação no país se agrava. A curva da contaminação e das mortes está ascendente. É a notícia que não queríamos escrever, mas que, pela irresponsabilidade do Presidente em lidar com a pandemia, sabíamos que teríamos que escrever.
Enquanto nossa população morre, Bolsonaro segue abraçado com sua ignorância, limitado a observar e refletir apenas suas próprias ilusões, hospedado na República Federativa do E Daí.
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