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A democracia resistiu: 1 ano do 8 de janeiro de 2023

Postagem atualizada em 08/01/2024 às 16h33

Foto: Scarlett Rocha

Há um ano, o Brasil assistiu uma tentativa fracassada de Golpe de Estado da extrema-direita. Os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, insuflados por um ódio e um vandalismo jamais vistos em Brasília-DF, depredaram as sedes dos Três Poderes (Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal), numa tentativa de insurreição contra o resultado legítimo das urnas, que elegeu Lula e derrotou Bolsonaro em 30 de outubro de 2022.

De lá pra cá, muita coisa foi apurada, muitos golpistas foram presos (30 deles já condenados), duas CPIs foram realizadas (uma pelo Congresso Nacional e outra pela Câmara Legislativa do Distrito Federal), mas muitas questões ainda necessitam de respostas e muitas outras figuras ainda precisam ser responsabilizadas (e presas) por suas ações na tentativa do Golpe de Estado – inclusive o próprio Bolsonaro!

O dia 8 de janeiro de 2023 mostrou que a derrota eleitoral de Bolsonaro e a eleição de Lula não foram suficientes para acabar com as tentativas de fechamento do regime democrático. O bolsonarismo, o fascismo e a extrema-direita não são oposições políticas tradicionais, portanto, não podem ser tratadas como tal. Como próprio Lula disse, é preciso responder ao terror e à violência “com a Lei e suas mais duras consequências”, mas também com mobilização popular e massiva.

A democracia (ainda limitada) que temos, resistiu à tentativa de Golpe de Estado um ano atrás, mas ainda segue ameaçada. E para que nossa democracia não volte a flertar com um colapso, como vimos em 1964, é fundamental que o povo brasileiro permaneça em constante vigilância democrática e mobilização popular permanente.

O SINASEFE foi o primeiro sindicato nacional a se posicionar contra a tentativa de Golpe de Estado da extrema-direita de 08/01/2023, tendo feito isso na mesma data, ainda quando a PM do Distrito Federal, já sob a intervenção do Governo Federal, subia a Via N1 da Esplanada dos Ministérios rumo ao Setor Militar Urbano, para efetuar a prisão de quase dois mil golpistas que fugiram para a Praça dos Cristais, na tentativa de buscar impunidade para os atos de bárbarie que foram realizados.

A defesa dos serviços públicos e da Rede Federal de Educação requer, como pressuposto, a defesa intransigente da democracia. O SINASEFE não abriu mão desse princípio em nenhum momento de sua história.

Assim como o sindicato cobrou em 08/01/2023: “nenhuma tolerância com os intolerantes, nenhuma liberdade aos inimigos da liberdade”. Por isso, o SINASEFE seguirá vigilante e atuante na defesa dos anseios da categoria que representa e, também, na defesa da manutenção das liberdades democráticas do Estado Brasileiro, que garantem à classe trabalhadora o direito da lutar por uma sociedade justa e emancipada.

Que todos os envolvidos na tentativa de Golpe de Estado de 08/01/2023 sejam responsabilizados e punidos, dentro dos rigores das Leis. Sem anistia!

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