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Abaixo-assinado: não à criminalização da Ocupação CCBB

Postagem atualizada em 04/05/2021 às 2h35

O Governo do Distrito Federal (GDF), desde o dia 22 de março deste ano, vem despejando de suas casas cerca de 34 famílias catadoras de materiais recicláveis, que prestam um trabalho de grande importância à sociedade e ao meio ambiente e que ocupam uma região localizada a aproximadamente 1 km do Palácio do Planalto – a região do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Para além dessa violação de direitos, outros três despejos ilegais foram realizados em curtos intervalos de tempo. Em todos eles houve constantes resistências. E tudo isso em plena pandemia de COVID-19, onde a população pobre, jogada à própria sorte em meio ao desemprego, à falta de vacinas e de leitos em hospitais, está ainda mais vulnerável!

Solidariedade de classe

Nesse processo de violência, as famílias ganharam apoio de várias pessoas, organizações não governamentais e políticas e, num esquema de mutirão, conseguiram reconstruir alguns barracos e a Escola do Cerrado, uma iniciativa criada por professoras voluntárias para que as crianças da Ocupação do CCBB não fossem prejudicadas pela falta de acesso às aulas remotas.

GDF busca criminalizar lutadores

É nesse contexto que também nos deparamos com violências cometidas contra os apoiadores que estavam naquele local, num processo de resistência para manter de pé a Escola do Cerrado e as casas das famílias, conforme inclusive já denunciado pelo SINASEFE NACIONAL.

O estudante e técnico em meio ambiente Caio Sad, a atleta de alto desempenho e tatuadora Érika Caroli, o também tatuador Pedro Menezes e o socioambientalista Thiago Ávila, defensores da natureza, resistiram bravamente do alto do telhado da escola à fúria do Estado repressor, este armado com gás lacrimogênio, gás de pimenta e bombas de efeito moral.

Entretanto, numa clara tentativa de criminalização, todos eles foram presos e levados para a delegacia sob a acusação de cometerem crime ambiental. Após o pagamento de fiança, foram liberados, mas ainda podem ser condenados à pena de um a três anos de reclusão: o processo contra eles não foi encerrado.

Além disso, Thiago Ávila vem enfrentando acusações em outros quatro processos numa evidente tentativa que busca incriminá-lo e afastá-lo das lutas por direitos sociais.

Não podemos aceitar essa perseguição política

Não podemos admitir que tentativas de criminalização contra militantes sejam normalizadas.

O Estado não pode usar de seu poder para intimidar e criminalizar lutas que demandam a garantia de direitos básicos contemplados pela própria Constituição Federal.

Diante disso, o SINASEFE conclama seus sindicalizados a subscreverem o abaixo-assinado que pede o fim da criminalização e o arquivamento dos processos contra Caio Sad, Érika Caroli, Pedro Menezes e Thiago Ávila.

Assine

Clique na imagem para ingressar no abaixo-assinado. Faça parte dessa campanha contra a criminalização da luta em defesa da população pobre!

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