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Aliados de Bolsonaro reconhecem derrota

Postagem atualizada em 01/11/2022 às 16h41

Ao contrário do presidente derrotado, várias lideranças da extrema direita já se manifestaram sobre a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desde domingo (30/10). Arthur Lira, Sérgio Moro, Damares Alves, Ricardo Salles, Tereza Cristina e Flávio Bolsonaro são alguns dos nomes que já se posicionaram publicamente reconhecendo a derrota presidencial nas urnas.

Aliado de Bolsonaro (PL), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi a primeira grande liderança política a se manifestar após a confirmação oficial da vitória de Lula, ainda no domingo (30/10). Lira disse que o novo governo deve procurar unir a sociedade brasileira e não pode pensar em “revanchismos”. “Da mesma forma que afirmarmos a lisura, a estabilidade e a confirmação da vontade popular, não podemos aceitar revanchismos ou perseguições, seja de que lado for”, afirmou.

“A democracia é assim. O resultado de uma eleição não pode superar o dever de responsabilidade que temos com o Brasil. Vamos trabalhar pela união dos que querem o bem do País. Estarei sempre do lado do que é certo! Estarei na oposição em 2023,respeitando a vontade dos paranaenses” disse no Twitter Sergio Moro, também ex-ministro de Bolsonaro e senador eleito (União Brasil-PR).

“Perdemos uma eleição, mas não perdemos o amor pelo país”, escreveu Damares. “Bolsonaro deixará a Presidência da República em janeiro de cabeça erguida, com a certeza do dever cumprido e amado por milhões de brasileiros” escreveu a senadora eleita em nota divulgada no Twitter na manhã de ontem (31/10).

O deputado federal eleito Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, pediu serenidade e avaliou o desfecho do pleito. “O resultado da eleição mais polarizada da história do Brasil traz muitas reflexões e a necessidade de buscar caminhos de pacificação de um País literalmente dividido ao meio. É hora de serenidade”, escreveu Salles em sua conta no Twitter. “É preciso levar em consideração que metade do país não o queria como mandatário. Consequentemente, ele precisa convencer essas pessoas de que o projeto que ele trouxe ao poder é de conciliação e não de divisão”, disse o ex-ministro do Meio Ambiente em entrevista ao UOL News. “Não há o que espernear”, completou.

Ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, a senadora eleita Tereza Cristina (PP-MS) também reconheceu o resultado da eleição e afirmou que é preciso respeitar diferenças. “Numa democracia, nem sempre a nossa escolha prevalece nas urnas. O resultado das eleições de hoje nos ensina a perseverar e a respeitar as diferenças. Presidente Jair Bolsonaro, seu governo fez história”, disse.

O senador Flávio Bolsonaro, filho do presidente derrotado, publicou uma mensagem em rede social nesta segunda-feira (31/10) agradecendo os votos dados ao pai no segundo turno. “Obrigado a cada um que nos ajudou a resgatar o patriotismo, que orou, rezou, foi para as ruas, deu seu suor pelo país que está dando certo e deu a Bolsonaro a maior votação de sua vida! Vamos erguer a cabeça e não vamos desistir do nosso Brasil! Deus no comando!”

Até às 14h20 desta terça-feira (01/11), mais de 40h após o término do pleito, Bolsonaro não se pronunciou publicamente sobre o resultado das eleições em que foi derrotado.

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