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Balbúrdia Ministerial: ataque aos povos ciganos

Postagem atualizada em 12/07/2020 às 19h07

Na reunião ministerial de 22 de abril, divulgada na sexta-feira passada (22/05) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como parte do inquérito que investiga a interferência política de Bolsonaro na Polícia Federal, não faltaram palavrões, crimes de responsabilidade e baixarias por parte do Presidente e de vários Ministros de Estado.

Difícil imaginar um governo – que ainda por cima se diz “defensor de valores e das famílias” – que dialogue entre si num nível tão baixo. Difícil imaginar também que em plena pandemia da COVID-19 e com milhares de mortos no país, esse tema não tenha sido o foco da reunião: que mostrou pessoas mais preocupadas em atacar adversários políticos e debater desmonte de direitos dos brasileiros e do patrimônio do país.

É factual que o governo Bolsonaro abandonou o país à COVID-19 e pensa apenas em estabelecer um projeto de poder que traga liberdades de atuação ilimitadas ao Presidente, nos moldes de uma monarquia absolutista. E Bolsonaro não se importa em fazer isso pisando sobre milhares de vítimas da COVID-19 que se avolumam dia após dia.

O absurdo dito por Weintraub

Abraham Weintraub, Ministro da Educação do governo Bolsonaro, disse na reunião: “odeio o termo povos indígenas, odeio esse termo. Odeio. O povo cigano. Só tem um povo nesse país. Quer, quer. Não quer, sai de ré. É povo brasileiro, só tem um povo. Pode ser preto, pode ser branco, pode ser japonês, pode ser descendente de índio, mas tem que ser brasileiro, pô! Acabar com esse negócio de povos e privilégios. Só pode ter um povo.”

Contra essa afirmação indefensável, nós afirmamos que o ministro Weintraub não está só invizibilizando, está promovendo extermínio. Imigrantes existem, vivem no Brasil e merecem respeito! Povos ciganos existem e resistem!

Vídeo

Assista abaixo a íntegra do vídeo da reunião do Presidente da República, Jair Bolsonaro, com sua equipe de Ministros de Estado, realizada em Brasília-DF no dia 22 de abril de 2020:

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