Postagem atualizada em 12/02/2021 às 0h18

Bolsonaro afirmou na última segunda-feira (15/06), em conversa com jornalistas da BandNews TV, que a Reforma Administrativa pretendida pelo governo deve ser apresentada ao Congresso Nacional apenas em 2021.
O adiamento da pauta, previsto para envio ao Legislativo em fevereiro deste ano, se deu, de acordo com ele, devido à pandemia da COVID-19 e das eleições municipais programadas para o fim do ano: “o segundo semestre acho que acaba em novembro, por que as eleições, né? Então, com certeza, fica para o ano que vem”.
O Presidente disse também que será necessária uma “guerra de mídia” para conseguir aprovar o projeto, já prevendo a resistência das entidades classistas dos servidores públicos: “por exemplo, nós não queremos acabar com a estabilidade dos servidores, mas, a partir do momento que você bota na proposta que a partir de agora não vai ter mais estabilidade, o que chega para todos os 12 milhões de servidores do Brasil é que estão acabando com a estabilidade deles, então é um desgaste muito grande”.
Bolsonaro defendeu que é necessário fazer um plano de mídia, enquanto elabora a proposta de Reforma na Administração Pública, para não chegar no “final da linha algo completamente distorcido”.
Vitória dos servidores
O que Bolsonaro não admitiu foi que a pressão dos inúmeros sindicatos de funcionários públicos, denunciando os malefícios da Reforma Administrativa para os servidores e serviços públicos, obrigaram o Governo Federal e o Congresso Nacional a esconder a pauta, que caminhava como um grande consenso da direita, centro, governo e imprensa.
A mobilização e vigilância dos servidores precisa continuar e até mesmo se intensificar, para que a Reforma Administrativa, já derrotada neste ano, seja sepultada em definitivo na próxima vez em que surja.
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*Matéria escrita com informações de O Globo