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Cefet-RJ: MEC atropela novamente a democracia e nomeia 2º interventor

Postagem atualizada em 11/07/2020 às 12h16

Reafirmando o rechaço ao processo de intervenção em curso no Cefet-RJ, trabalhadores técnico-administrativos da instituição se reuniram em assembleia nesta segunda-feira (04/11). Atropelando novamente o processo eleitoral, o MEC nomeou, no último dia 24/10, um novo interventor para a instituição, Marcelo Nogueira, que até então era o ‘vice-diretor interventor’.

Logo após a assembleia, o novo interventor convocou, para a próxima sexta-feira (08/11), uma reunião do Conselho Diretor fora das dependências da instituição. Repetindo as práticas do interventor anterior, a convocatória altera o local onde já são realizadas as reuniões do conselho há anos.

O atropelo da autonomia e democracia interna já se arrasta há mais de dois meses na instituição carioca. Nesta primeira semana de novembro, diante da prorrogação de uma sindicância questionável e da substituição de quase toda equipe gestora do Cefet-RJ, os trabalhadores seguem mobilizados e denunciando as falcatruas.

Em protesto pelo desrespeito à decisão da comunidade escolar, diretores sistêmicos e chefes de setor se retiraram da gestão intervencionista. A decisão foi anunciada em assembleia da Adcefet/Andes-SN no último dia 30/10. Em carta protocolada por servidores estão enumerados diversos elementos preocupantes fruto da intervenção, inclusive a possibilidade de prejuízos ao vestibular no Cefet-RJ. Confira a carta (PDF).

O SINASEFE, e o Sindicefet-RJ, seguirão em luta para reverter o intervencionismo de Bolsonaro na Educação e em defesa da democracia interna das Instituições Federais de Ensino (IFEs).

Histórico

No último dia 16/08, o MEC, por meio da Portaria 1459/2019, nomeou Maurício Aires Vieira como interventor para exercer o cargo de diretor geral pro tempore do Cefet-RJ, desconsiderando a eleição que elegeu Maurício Motta para o cargo. No dia em que foi ao Cefet-RJ para atuar como diretor geral (19/08), o interventor foi recebido com um ato dos estudantes, que não aceitaram o golpe institucional do MEC o expulsaram da instituição de ensino. Na foto acima estão Maurício Aires (de terno) e Marcelo Nogueira (com crachá), na ocasião da expulsão.
Por não haver nada que desabone a legalidade e legitimidade do pleito que elegeu Maurício Motta para a direção geral do Cefet-RJ, o SINASEFE considera o ato da Portaria 1459/2019, e agora da Portaria 1841/2019, como uma intervenção do MEC e exige que o resultado das urnas seja respeitado.

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