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Centrais sindicais lançam nota cobrando medidas protetivas ao governo

Postagem atualizada em 12/03/2020 às 14h21

Entidades sindicais se reunirão na próxima semana para decidir sobre atos de rua

Diante da circulação ativa do coronavírus no país, as centrais sindicais brasileiras se reuniram nesta quinta-feira (12/03) em São Paulo-SP e lançaram uma Nota Oficial, cobrando medidas protetivas à população por parte do Estado Brasileiro e pedindo a suspensão imediata das discussões no Congresso Nacional dos projetos que atacam os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. Confira o texto na íntegra:

Nota pública das centrais sindicais

As centrais sindicais reunidas nesta quinta-feira (12/03), em São Paulo-SP, para discutir a declaração de pandemia global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em decorrência do novo coronavírus se coloca na defesa de ações coletivas de prevenção à propagação do vírus e seus impactos sociais e econômico.

As entidades entendem que esse momento demanda do Estado Brasileiro, em seus Três Poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário), a compreensão de sua excepcionalidade e a importância da ampla concentração das ações em medidas emergências para o enfrentamento da crise.

Ao mesmo tempo, as centrais reivindicam a suspensão das discussões de medidas que atacam os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras no Congresso Nacional, como, por exemplo, a MPV 905/2019, da “Carteira Verde e Amarela”. Nesse sentido, propomos um amplo diálogo com a sociedade e com o Congresso Nacional para definir as medidas necessárias para conter a crise do coronavírus e a crise econômica.

As centrais sindicais também reafirmam que é fundamental a abertura do debate para elaborar medidas emergenciais para a proteção de todos os trabalhadores e trabalhadoras, formais e informais, e de seus empregos e renda, no período que a pandemia estiver decretada, além de medidas específicas para os trabalhadores e trabalhadoras da saúde, educação e transporte público que estão mais expostos ao contágio.

As entidades reforçam a relevância do fortalecimento da saúde pública, dos serviços públicos e de seus trabalhadores e trabalhadoras, considerando que nessa crise é fundamental para a mitigação dos riscos e o controle da doença, que ameaça se ampliar em nosso país. Esse fortalecimento é fundamental para a proteção individual e coletiva e para a efetivação da tarefa social dos serviços públicos.

As centrais sindicais se mantêm em avaliação permanente, com uma reunião agendada na próxima segunda (16/03), às 10 horas, na sede do Dieese, para discutir a crise sanitária e econômica em curso no país e para tomar as decisões que se fizerem necessárias nesse momento. As centrais reforçam a importância das mobilizações da classe trabalhadora.

São Paulo-SP, 12 de março de 2020

Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)
Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB)
Central Sindical e Popular – Conlutas (CSP-Conlutas)
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Força Sindical (FS)
Intersindical – Central da Classe Trabalhadora
Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST)
União Geral dos Trabalhadores (UGT)

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