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Combate ao machismo

Postagem atualizada em 28/10/2019 às 11h24

Em virtude da repercussão negativa e do constrangimento que o mecanismo de busca do Google causou durante esta semana, apontando para uma descrição pejorativa da definição de “professora”, a Pasta de Políticas para Mulheres do SINASEFE fez uma rápida reflexão do ocorrido. Leia abaixo:

Reflexão sobre as definições machistas no mecanismo de busca do Google

As notas de repúdio (como a feita pela CNTE) e a ação dos alunos de direito da PUC-Goiás fizeram efeito e o Google removeu a definição pejorativa de professora que estava na internet.

A empresa também emitiu a seguinte nota: “quando as pessoas pesquisam por definições de palavras na ‘busca’, frequentemente, elas desejam informações de maneira rápida. Por isso, trabalhamos para licenciar conteúdos de dicionários parceiros, que são exibidos diretamente na ‘busca’. Os resultados incluem usos coloquiais que podem causar surpresa, mas não temos controle editorial sobre as definições fornecidas por nossos parceiros, que são os especialistas em linguagem. Reconhecemos a preocupação neste caso e vamos transmiti-la aos responsáveis pelo conteúdo”.

É uma vitória, mas esse é um pequeno passo, afinal definições como “meretriz” e “prostituta” ainda aparecem em outras pesquisas como “menina” e “solteira” – o que reflete a sociedade machista em que vivemos, afinal, mesmo que não estejam em dicionários, há muitas outras palavras que no feminino têm esse significado.

Nos resta, ainda, um longo trabalho de conscientização até atingirmos uma sociedade igualitária. Tempo que parece cada vez mais distante se considerarmos a conjuntura brasileira atual.

“Quem não se movimenta, não sente as correntes que o prendem”
Rosa Luxemburgo

*Texto também publicado no Boletim Semanal nº 611