SeçõesNotíciasPolítica

Contra os cortes no orçamento dos Institutos e Universidades Federais, o desmonte da Educação e a adesão da Reitoria do IFMT ao bolsonarismo!

Postagem atualizada em 13/10/2022 às 17h59

No dia 30 de setembro de 2022, véspera do 1º turno do processo eleitoral para a Presidência da República, governos estaduais e assembleias legislativas, o Governo Federal publicou o Decreto 11.216/2022, que mais uma vez cortou recursos e financiamento previstos para Institutos Federais e Universidades.

Segundo Nota Oficial da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que representa reitores e reitoras das Universidades Federais, o montante de cortes para as Universidades Federais, para esse ano, soma R$ 763 milhões. A Nota Oficial da Andifes informa ainda que, no âmbito de todo o Ministério da Educação (MEC), o valor chega a R$ 2,399 bilhões.

Também em Nota Oficial, o Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif), composto por reitores e reitoras dos Institutos Federais, Cefets e Colégio Pedro II, que integram a Rede de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, informa que o Decreto 11.216/2022 terá impacto direto com perdas irreparáveis para os estudantes – alimentação, assistência estudantil, transporte, bolsas de estudo e internet -, assim como possíveis limitações na continuidade de prestação de serviços como limpeza e segurança, resultando no desemprego e aumento da precarização dos projetos educacionais.

Assustadoramente, e apesar do projeto nefasto que o governo Bolsonaro representa, assistimos alarmados a progressiva adesão do corpo dirigente da Reitoria do IFMT na campanha do senador Wellington Fagundes (PL-MT) e do governador Mauro Mendes (DEM-MT), ambos reeleitos no Mato Grosso (o governador em 1° turno). A adesão à agenda bolsonarista – inclusive utilizando-se de espaços institucionais do IFMT – e a posição pública do atual Reitor do IFMT em levantar as próprias mãos fazendo alusão ao número 22 de Bolsonaro, em conjunto com parte da equipe gestora do IFMT, não representa os interesses dos trabalhadores e das trabalhadoras da Educação Federal Profissional e Tecnológica, nem está de acordo com os direitos sociais que obrigam o Estado e seus servidores e servidoras a fazerem a defesa histórica da Educação Pública, Laica, Gratuita e de Qualidade.

Reivindicamos que o Conselho Superior (Consup) do IFMT, enquanto instância máxima da Instituição Federal de Ensino (IFE) – assim como a própria reitoria -, se posicione rapidamente quanto aos cortes orçamentários na Educação Federal, expressando em Nota Pública os impactos perversos do Decreto 11.216/2022 para a vida educacional do IFMT junto à comunidade interna e a sociedade mato-grossense, além de cobrar da bancada federal (deputados e senadores), assim como do Poder Executivo Federal, a imediata recomposição orçamentária do IFMT e das demais IFEs.

Reafirmamos o nosso repúdio às tentativas de desmonte da Educação Pública e à adesão, velada ou explícita, do projeto bolsonarista, que ao quebrar o orçamento da IFEs nos deixa vulneráveis e em condições para a cooptação dos nossos dirigentes, via chantagens para obter recursos de emendas parlamentares. Tais emendas – por vezes vinculadas à venda de votos de parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado, no então denominado “orçamento secreto” -, resulta em oferecer migalhas se comparadas ao antigo orçamento vinculado.

É a hora de todos e todas que defendem a Educação e o IFMT se unirem para derrotar o bolsonarismo e seu projeto nefasto para a Educação Brasileira.

Sinasefe Cáceres-MT
Sinasefe Rondonópolis-MT
Sinasefe São Vicente da Serra-MT
Movimento por uma Escola Popular (MEP)

Baixe aqui a Nota das seções sindicais Cáceres-MT, Rondonópolis-MT e São Vicente da Serra-MT e do MEP visível acima (formato PDF, tamanho A4, duas páginas).

Veja também

Conteúdo relacionado