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Deputada Fernanda Melchionna entregou relatório final da CPI da Pandemia à Onu

Postagem atualizada em 19/12/2021 às 18h36

A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS), que está em missão oficial em Genebra, na Suíça, entregou em mãos ao Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas (Onu) para Direitos Humanos o relatório final da CPI da COVID-19 do Senado Federal, que sugeriu o indiciamento de mais de 65 pessoas por crimes contra os brasileiros na gestão da pandemia – dentre elas o atual Presidente da República, Jair Bolsonaro; além do também atual Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga; e de membros do alto escalão do Governo Federal, ex-ministros, deputados federais da base aliada do governo, médicos e empresários negacionistas.

Além da entrega do documento, Fernanda Melchionna apresentou diversas denúncias contra o governo Bolsonaro para diferentes relatorias do Alto Comissariado da Onu para Direitos Humanos, como os desmontes das políticas ambientais que têm como consequência o desmatamento histórico de diversos biomas brasileiros; o aumento dos casos de feminicídios e da violência contra as mulheres durante a pandemia; os ataques ao aborto legal; o veto à distribuição de absorventes gratuitos por meio do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual; e proposições governamentais – como o PL 1595/2019, de autoria do Major Vitor Hugo (PSL-GO), que visa criar um Estado de Exceção para aumentar a criminalização dos movimentos sociais.

A deputada gaúcha participa até depois de amanhã (29/10) de mais uma rodada de reuniões do Grupo de Trabalho Intergovernamental de Composição Aberta (OEIGWG, na sigla em Inglês) do Conselho de Direitos Humanos da Onu, para a construção de um Tratado Vinculante das Nações Unidas sobre Organizações Transnacionais em matéria de Direitos Humanos. O convite oficial foi realizado pela organização The Left, que reúne membros de diversos partidos políticos do campo progressista que têm representação no Parlamento Europeu.

Fernanda Melchionna também lembrou que o atraso deliberado na compra das vacinas, a distribuição de medicamentos sem comprovação científica como principal estratégia de não-combate à pandemia e a aposta na imunidade de rebanho, articulada com ampla disseminação de fake news, fez com que o Brasil se tornasse o segundo país do mundo em total de óbitos causados pela COVID-19 oficialmente registrados. “Isso não está sendo uma tragédia, é uma necropolítica orientada. Grande parte dessas 600 mil vítimas da pandemia foi consequência direta da falta de vacina, ou seja, mortes que poderiam ter sido evitadas”, disse a parlamentar.

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* Matéria escrita com informações do portal Sul21