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EAMSC ignora riscos e mantém aulas mesmo com suspeitas de COVID-19

Postagem atualizada em 11/07/2020 às 12h16

Há cinco dias o SINASEFE denuncia a postura inconsequente e temerosa de instituições educacionais ligadas ao Ministério da Defesa. Nem mesmo diante da confirmação de casos de COVID-19, em profissionais que tiveram contato recente com estudantes, as escolas suspendem as aulas. O absurdo desta quinta-feira (26/03) se dá na Escola de Aprendizes Marinheiros de Santa Catarina (EAMSC) que isolou ao menos cinco estudantes em enfermaria própria, mas segue com atividades normais.

Confirmação de casos na Marinha
A Marinha confirmou ontem (25/03) a contaminação de dois oficiais com o COVID-19, eles comandavam o navio Almirante Saboia, que também registra mais casos suspeitos, e passou por desinfecção e segue em funcionamento.
“A Marinha do Brasil (MB), por intermédio do Comando em Chefe da Esquadra, informa que o Comandante e o Imediato de um dos navios subordinados testaram positivo para o COVID 19. Os Oficiais cumprem isolamento residencial, de acordo com os protocolos definidos pelos Ministérios da Saúde e da Defesa, tendo sua situação acompanhada regularmente pela Unidade Médica da Esquadra.” Veja aqui a nota completa da Marinha.
Esta embarcação foi visitada por aprendizes da EAMSC no último dia 13/03, quando esteve atracada em Itajaí-SC.

Aprendizes monitorados
O jornal ND+, em reportagem publicada nesta quinta-feira (26/03), informou que pelo menos cinco aprendizes que estiveram em contato com os tripulantes da embarcação apresentaram sintomas respiratórios e estão na enfermaria ao escola, no bairro bairro Jardim Atlântico, em Florianópolis-SC.
“A reportagem do nd+ apurou que um deles teria sido diagnosticado com pneumonia e está em área isolada dos demais.  Segundo um profissional que trabalha na instituição e pediu anonimato, a suspeita é de que os alunos estejam infectados pelo Covid-19. Os casos, porém, ainda não foram confirmados supostamente por falta de testes. “Os alunos estão bem preocupados com essa situação”, contou o profissional. Segundo o profissional da instituição, a escola não ofereceu equipamentos de saúde, como máscaras e luvas. “Eles fizeram uma licitação e parece que só vai chegar em abril. Não tem nada aqui, colocaram um litro de álcool dentro de cada uma das salas e só”, disse. De acordo com o funcionário, a Vigilância Sanitária foi até o local na última semana para tentar verificar as condições do espaço, mas a direção não teria permitido a entrada dos fiscais.“, publicou o jornal. Leia a matéria completa.

Todas as vidas importam!
O SINASEFE reafirma sua exigência de suspensão imediata das atividades, denunciando novamente a postura temerosa do Ministério da Defesa, que segue com as aulas em instituições educacionais a ele ligadas. “Estamos há vários dias tentando convencer as autoridades a interromper as aulas, diante dessa situação reforçamos o apelo e seguiremos lutando para defender a vida trabalhadores e estudantes. Todas as vidas importam!”, ressalta Elenira Vilela (integrante da Direção Nacional do SINASEFE).

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