Postagem atualizada em 10/08/2020 às 20h58

A elaboração das propostas de ensino remoto emergencial devem ser precedidas de um amplo levantamente junto à comunidade acadêmica sobre as condições de trabalho, ensino e aprendizagem.
Não basta apenas penas uma forma de transpor o ensino presencial para o remoto. É preciso conhecer as realidades materiais – acesso à internet, equipamentos, espaço físico – e também subjetivas – condições sociais, de saúde e familiares – de todos que integram a comunidade acadêmica das Universidades, Institutos Federais e Cefets.
O amplo debate e construção coletiva das ações a serem realizadas nesse período fortalecem a democracia interna das instituições e podem garantir um planejamento adequado.
Não podemos deixar ninguém para trás!
SINASEFE e Andes-SN na luta
Passados alguns meses desde o início do distanciamento físico ocasionado por conta da pandemia da COVID-19, se intensificaram as pressões, tanto do Ministério da Educação (MEC), dos governos federal, estaduais e municipais, quanto de muitos gestores, para a retomada do calendário acadêmico, inclusive com ameaças veladas de corte de salário.
Atualmente, são poucas as instituições que têm feito um amplo, democrático e abrangente debate com a comunidade acadêmica sobre o que fazer nesse momento. Em muitas, as opiniões de docentes, discentes e técnico-administrativos foram ignoradas. Resoluções têm sido aprovadas de forma aligeirada, sem considerar dos diversos aspectos envolvidos na retomada do calendário acadêmico de maneira remota.
Para o SINASEFE e o Andes-SN, não basta apenas pensar uma forma que transponha o ensino presencial para o ensino remoto, pois haverá perda de qualidade no processo de ensino/aprendizagem.
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*Texto produzido pelo Andes-SN e revisado pelo SINASEFE