Em muitas instituições, a retomada do calendário acadêmico de forma remota tem se pautado apenas nas condições de acesso dos estudantes à internet.
Tanto gestores quanto o próprio governo ignoram que docentes e técnicos nem sempre dispõem das condições adequadas, seja pela localização onde residem, pela baixa qualidade de internet a que tem acesso ou até mesmo os equipamentos que possuem em casa para a elaboração de atividades e execução de atividades virtuais.
O debate sobre inclusão digital precisa envolver todos os segmentos da comunidade acadêmica!
SINASEFE e Andes-SN na luta
Passados alguns meses desde o início do distanciamento físico ocasionado por conta da pandemia da COVID-19, se intensificaram as pressões, tanto do Ministério da Educação (MEC), dos governos federal, estaduais e municipais, quanto de muitos gestores, para a retomada do calendário acadêmico, inclusive com ameaças veladas de corte de salário.
Atualmente, são poucas as instituições que têm feito um amplo, democrático e abrangente debate com a comunidade acadêmica sobre o que fazer nesse momento. Em muitas, as opiniões de docentes, discentes e técnico-administrativos foram ignoradas. Resoluções têm sido aprovadas de forma aligeirada, sem considerar dos diversos aspectos envolvidos na retomada do calendário acadêmico de maneira remota.
Para o SINASEFE e o Andes-SN, não basta apenas pensar uma forma que transponha o ensino presencial para o ensino remoto, pois haverá perda de qualidade no processo de ensino/aprendizagem.
Conteúdo relacionado
- Ensino remoto sem considerar o tripe Ensino-Pesquisa-Extensão? Tô fora!
- Ensino remoto imposto compulsoriamente pela gestão? Tô fora!
- Ensino remoto que não resguarda direito de imagem dos trabalhadores? Tô fora!
- Ensino remoto com uso de plataformas privadas? Tô fora!
- Ensino remoto com Estágio à Distância? Tô fora!
- Ensino remoto para acelerar a formação profissional? Tô fora!
- Ensino remoto sem amplo debate com a comunidade acadêmica? Tô fora!
- Ensino remoto que adoece educadores? Tô fora!
- Ensino remoto para facilitar a formação de alguns deixando outros para trás? Tô fora!
- Ensino remoto para fazer parte do “novo normal”? Tô fora!
- Ensino remoto que exclui indígenas, ribeirinhos, jovens periféricos e pessoas com deficiência? Tô fora!
- Ensino remoto que vai ampliar desigualdade? Tô fora!
- Ensino remoto sem levantamento abrangente sobre as condições de estudantes, docentes e técnicos? Tô fora!
- Todas as vidas importam: sem vacina, sem aula!
*Texto produzido pelo Andes-SN e revisado pelo SINASEFE