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Marcha a Brasília com mais de 20 mil pessoas mostra a força da Unidade daqueles que querem fazer a luta contra a crise e a atual política econômica de Dilma

Postagem atualizada em 26/04/2013 às 0h57

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Nesta quarta-feira (24 de abril) a Esplanada dos Ministérios esteve tomada por trabalhadores dos setores público e privado, representantes de movimentos sociais, populares e rurais, bem como de estudantes, todos com muita vontade de lutar contra a política instituída pelo Governo Dilma e contra a crise que já chegou ao nosso país.

O Sinasefe esteve presente nesse ato com cerca de 200 militantes, atendendo ao chamado da nossa Central, CSP-CONLUTAS, e também a partir da vontade demonstrada na última PLENA do Sindicato Nacional. Muitos inclusive percorreram mais de cinco mil quilômetros das suas regiões até Brasília e voltam às suas casas satisfeitos por terem composto a multidão de mais de 20 mil ativistas na Capital Federal.

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A passeata teve como principais bandeiras: Contra o Acordo Coletivo Especial (ACE), que substitui o legislado pelo negociado; Pela revogação da Reforma da Previdência de 2003, patrocinada pelo Mensalão; Contra o Fator Previdenciário e contra a tentativa do governo substituí-lo pela Fórmula 85/95 e 95/105, que pretende aposentar os trabalhadores cada vez mais tarde; Por uma política salarial para os Servidores Federais que estabeleça uma data base e o reajuste anual; entre outras demandas do movimento.

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Enterro simbólico do Acordo Coletivo Especial – ACE em frente ao MTE

Durante a passeata assinaturas foram colhidas junto à população pela revogação da Reforma da Previdência patrocinada pelo Mensalão obtida pos votos de parlamentares corruptos, comprados dentro do Congresso Nacional. Quando a passeata esteve em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, o Acordo Coletivo Especial – ACE foi simbolicamente enterrado, projeto este que tentava trocar as garantias legais por acordos que permitiriam abusos à classe trabalhadora.

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Segundo Maria Lúcia Fattorelli, membro do Comitê Brasil da Auditoria Cidadã da Dívida, também presente ao ato, a maior parte do orçamento do país é revertido para o pagamento de dívidas e empréstimos bancários de grandes empresas.

Sindicalista Francisca Marta

A passeata superou as expectativas de todos. Segundo Francisca Marta Mendes esse tipo movimento poderá levar novo fôlego para sua Seção (Campus Baturité-CE), e se comprometeu a estimular a promoção de mais debates políticos e participar mais ativamente do movimento sindical. “Vou transmitir tudo que se passou aqui para minha base, cada detalhe foi muito importante”, finalizou.

Sindicalista Joedson
Para Joedson, da Seção Sindical São João dos Patos–MA o ato foi uma resposta da sociedade, demonstrando que unificada é possível reivindicar causas de vários segmentos de forma abrangente. O companheiro que veio com a caravana composta por estudantes e outros segmentos sociais do Piauí até Brasília destacou também as más condições dos IFs: “Foi gratificante chegar até aqui e ver todos empenhados nas causas sociais e sindicais. Vim para denunciar a precariedade da educação pública oferecida nos Institutos Federais e dessa forma buscar soluções para os futuros profissionais do Brasil”, completou.

“Já conseguimos ecoar no Palácio do Planalto e no Congresso Nacional, de maneira que vários parlamentares vieram até nós para confraternizar e apoiar nossas causas” comentou João Guilherme, da Seção Sindical Luziânia, também participante da Marcha a Brasília pelo SINASEFE. O sindicalista considerou que as denuncias tiveram impacto positivo e mais atitudes em prol dos movimentos serão tomadas ainda este ano. 

Sindicalista João Guilherme

O Coordenador Geral William Carvalho salientou que a importância do evento está exatamente na manutenção das lutas, com a unidade de vários setores que querem fazer a luta contra a política atual do governo e os seus projetos que retiram direitos dos trabalhadores. “É preciso intensificar essas mobilizações, construir as bancas de coletas para as assinaturas para revogar a Reforma da Previdência e trazer o máximo de companheiros delegados de base na próxima Plenária Nacional dos SPFs, que irá ocorrer no final de maio, onde os Servidores Federais vão começar a construir de fato a campanha para 2013 e quem sabe antecipar a campanha salarial de 2014”. A Plenária dos SPF tem data prevista para 26 de maio.

Além da CSP-Conlutas, estiveram presentes a Assembleia Nacional dos Estudantes Livre – ANEL, a Associação Democrática dos Aposentados e Pensionistas – ADMAP, A CUT Pode Mais (Corrente em oposição à majoritária da CUT), Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul – CPERS, Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas – Cobap, Confederação Nacional de Trabalhadores da Alimentação – CNTA, Federação dos Empregados Rurais Assalariados do Estado de São Paulo – Feraesp. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, o Movimento Sem Teto do Brasil – MSTB e o Movimento Terra e Liberdade – MTL que também colaboraram com a grande movimentação conjunta aliados as demais entidades sindicais de diversos setores, a exemplo das de educação Andes e Fasubra.

Shilton Roque, Coordenador Geral, reconheceu que o Ato foi um marco ao passo que demonstrou a força da classe trabalhadora combativa e classista denunciando que as politicas atuais não estão no cenário em que afirmou as outras centrais no mês passado: “Hoje estiveram os trabalhadores realmente lutadores que não estão interessados em pactos e negociações sociais, apesar de um governo que há dez anos tenta cooptá-los. Diante de nossa conjuntura que não está nada boa como o governo tem colocado em suas propagandas nem como as centrais aliadas ao governo têm reproduzido, estamos prontos para a luta e para o enfrentamento”, ressaltou o sindicalista.

A grande integração do Sinasefe unindo-se com diversificados movimentos sociais foi uma estratégia crucial, pois mostrou para o governo que o povo esta se reagrupando, segundo o Coordenador Geral Silvio Rotter. “Convido as nossas bases que não puderam participar, que venham na próxima atividade, para engrossar esse coro contra quem está retirando direitos dos trabalhadores”, reforçou Rotter. Veja as fotos no Facebook do Sinasefe Nacional