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MEC tenta expandir EaD em meio à crise do coronavírus

Postagem atualizada em 19/03/2020 às 10h30

Camila Marques, coordenadora geral do SINASEFE, denuncia no vídeo acima como o Ministério da Educação (MEC) está se aproveitando, de maneira oportunista, da crise sanitária provocada pela pandemia do coronavírus para tentar inserir a lógica privatista e excludente da Educação a Distância (EaD) para quase 100% dos cursos das Universidades e Institutos Federais.

Camila deixa claro a lógica privatista – defendida pelo governo Bolsonaro – que possui a EaD, a qual vem sendo utilizada no Brasil como via de fabricação de diplomas e precarização da qualidade do ensino.

Camila também enfatiza a lógica excludente da EaD, que não contempla a população de baixa renda. Muitos estudantes do ensino público não possuem recursos para transporte e alimentação, dependendo da meia passagem e da merenda escolar. Como pensar que eles dispõem de computadores e internet em seus lares? Inserir a EaD em quase 100% dos cursos significa retirar a possibilidade dos mais pobres de estudarem na Rede Federal de Ensino.

A coordenadora aponta que o sindicato será contrário a essa expansão indiscriminada e feita às pressas da EaD, informando também que o SINASEFE cobrará uma posição das gestões sobre a Portaria lançada pelo MEC, que instituiu ontem (18/03) a EaD em meio à crise do coronavírus.

Posição do SINASEFE

“Todas as vidas importam!”: essa é a posição do SINASEFE sobre a pandemia do coronavírus. O sindicato aprovou, em sua 162ª Plenária Nacional, que a preservação da saúde e das vidas de trabalhadores e estudantes deve ser a prioridade da Educação Federal neste momento e que, para evitar uma maior proliferação do vírus, as atividades letivas devem ser imediatamente suspensas onde houver risco às pessoas, com a liberação do comparecimento aos locais de trabalho para professores, técnico-administrativos e trabalhadores terceirizados. Os estudantes devem ter essa mesma dispensa de comparecimento.

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