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“Não existe PAD contra Wanderlan”, garante reitor do Ifal

Postagem atualizada em 11/07/2020 às 12h16

O reitor do Ifal, Sérgio Teixeira, garantiu em reunião com o Sintietfal e o SINASEFE que não existe Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o Professor Wanderlan Porto e nem vê em seu discurso em defesa do Ifal motivação para tal. A audiência entre os sindicatos e a equipe de gestão da Reitoria ocorreu na última sexta-feira (07/06), no gabinete do gestor.

“O que aconteceu não tem risco de produzir um PAD e não está nas atribuições do ministro a abertura de um PAD contra o docente. Há leis e regulamentos no Instituto e na Rede Federal e não podemos agir em desconformidade deles. Tranquilizo o sindicato e os servidores que não recebi nenhuma denúncia ou pressão do MEC sobre isso”, afirmou o reitor do Ifal.

A abertura de um PAD foi mencionada via twitter pelo Ministro da Educação, Abrahan Weintraub, quando falou em “exonerar” o professor Wanderlan Porto por seu discurso em defesa do Ifal. O Ministro ainda chamou o docente do Ifal doutor em filosofia de “elemento” e disse querer usar esse procedimento legal para dar um susto nessa “turma de ‘corajosos’”.

O MEC, por não possuir vínculo direto com os/as servidores/as dos Institutos Federais, não pode recomendar a abertura da PAD. Apenas o reitor, possui tal atribuição. A afirmação provocativa do ministro é vista pelo Sintietfal como um abuso de suas prerrogativas legais e éticas.

“Conversamos agora com o Reitor e não tem previsão nenhuma de Processo Administrativo. Nós reafirmamos que continuaremos na luta em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade. Estaremos juntos com Wanderlan e não recuaremos diante do ministro da Educação, que deveria, inclusive, responder criminalmente por abuso de autoridade”, afirmou Hugo Brandão, presidente do Sintietfal.

O SINASEFE também esteve em Maceió para participar da reunião com o reitor do Ifal e se solidarizar com Wanderlan Porto. O coordenador geral da entidade, David Lobão, reafirmou o apoio do sindicato ao docente do Ifal e aos que lutam em defesa da Rede Federal de Educação.

“As ameaças que o Ministro colocou contra Wanderlan em função de sua ênfase em defesa da escola pública, gratuita e de qualidade é uma ameaça a todo trabalhador dos Institutos Federais de todo o país. Wanderlan externou aquilo que nós hoje temos como questão fundamental, a luta em defesa dessa Rede e dos nossos Institutos. Vamos continuar firmes nessa luta contra os cortes de verbas e em defesa de nossos direitos”, disse Davi Lobão, coordenador geral do SINASEFE.

Aproveitando a passagem por Alagoas, a Direção Nacional também reforçou o convite para as bases do Sintietfal pararem no dia 14 de junho para defender a educação e a aposentadoria contra os ataques de Bolsonaro.

“O SINASEFE convida a todos os trabalhadores e trabalhadoras deste país, em especial os/as servidores/as dos Institutos Federais, para a greve do dia 14 para que a gente possa, cada vez mais, juntar forças e unir esforços nessa luta para defender uma escola de qualidade”, disse Sérgio Rodrigues.

Saiba mais sobre o caso na nota pública do Sintietfal

*Matéria elaborada e divulgada por Ésio Melo, da Ascom Sintietfal.