Postagem atualizada em 11/04/2025 às 17h03

O SINASEFE manifesta solidariedade aos povos indígenas que participam do Acampamento Terra Livre (ATL) e que foram brutalmente reprimidos pela Polícia Militar do Distrito Federal e pela Polícia Legislativa na Esplanada dos Ministérios.
É inaceitável que, em pleno século XXI, lideranças indígenas – que lutam por seus direitos constitucionais, por seus territórios e por sua dignidade – sejam recebidas com bombas de efeito moral, bombas de fumaça e a extrema violência deste Congresso reacionário e conservador. Os povos originários têm protagonizado, há séculos, uma luta legítima pela preservação da vida, da natureza e da cultura. Reunidos pacificamente no ATL, mais uma vez deram exemplo de resistência e organização. A resposta violenta do Estado, no entanto, demonstra o racismo estrutural e a política genocida que insiste em negar seus direitos.
O SINASEFE repudia veementemente essa ação truculenta e se soma à denúncia contra os ataques praticados pelas forças policiais. Reafirmamos nosso compromisso com a luta dos povos indígenas, pelo respeito às suas vidas, culturas, territórios e direitos.
Nosso sindicato se solidariza, ainda, com a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), que além de ser vítima da truculência da Polícia Legislativa, também foi alvo de discriminação e desrespeito enquanto representante do Congresso Nacional. Ao negar a entrada de uma deputada indígena no Congresso, a Polícia escancara o preconceito que marcou e continua marcando a relação entre o Estado e os povos originários.
As mesmas forças policiais que agiram nesciamente contra os criminosos golpistas que atentaram contra a democracia brasileira em 8 de janeiro de 2023, trataram com violência descabida e absurda indígenas que se manifestavam de forma pacífica.
Diante de um evento tão grave, que se torna ainda mais emblemático em um contexto onde a democracia brasileira é atacada constantemente pela extrema direita, é fundamental que o Estado Brasileiro atue de maneira efetiva, de forma a coibir que situações assim tornem a acontecer. Sendo assim é fundamental que os Ministérios dos Povos Indígenas, dos Direitos Humanos e da Justiça se posicionem diante do ocorrido.
O Brasil é terra indígena! A mãe do Brasil é indígena!
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