Reforma AdministrativaNotícias

Obstáculo

Postagem atualizada em 28/06/2021 às 21h39

O depoimento dos irmãos Miranda na CPI da pandemia do Senado Federal foi bombástico. Descobrimos um escândalo de corrupção na compra das vacinas Covaxin acobertado por Bolsonaro. A casa caiu.

Depois de denunciar o escândalo, Luis Ricardo Miranda, que trabalha nas importações do Ministério da Saúde, passou a sofrer dura perseguição. O secretário-geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni, anunciou que a Controladoria-Geral da União (CGU) vai instaurar um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra Luis Ricardo, que é servidor concursado. Ontem (27/06), seu acesso ao sistema do Ministério da Saúde, onde exerce cargo de chefia, foi bloqueado, o que é ilegal.

A realidade é que Luis Ricardo ainda não foi demitido porque os servidores possuem estabilidade funcional, pois do contrário já estaria no olho da rua.

Até mesmo seu irmão, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), reviu seu posicionamento e agora se declara contra a Reforma Administrativa (PEC 32/2020), que acaba com essa estabilidade.

Bolsonaro acobertou um esquema que atrasou as vacinas e foi responsável por centenas de milhares de mortes.

Quem diria que a revelação da corrupção de Bolsonaro e da máfia que tomou conta do Ministério da Saúde durante sua gestão viria das mãos de um servidor público concursado e estável, não é mesmo?