Postagem atualizada em 22/01/2020 às 13h43
Durante a campanha eleitoral, Jair Bolsonaro foi o candidato que mais falou em Educação. Em seu início de mandato, elegeu a Educação Pública como inimiga em potencial.
Em 17 de julho, seu ministro da Educação lançou o Future-se, Programa que visa acelerar o processo de desmonte e privatização da Rede Federal de Educação.
Este Programa se relaciona fielmente à política do governo: é o discurso da ultradireita bolsonarista que permeia o Future-se, atacando o caráter público e universal do ensino e impondo a lógica empreendedorista e mercantil à Educação.
O Future-se nasceu nos porões do MEC: sem transparência ou participação da sociedade. Além de ser antidemocrático, o Programa demonstra total desconhecimento do que se faz nas Universidades e Institutos Federais.
O Programa tem três eixos:
- O eixo Gestão, Governança e Empreendedorismo exalta o investimento privado. Há risco de substituição do financiamento público pelo privado, num claro alinhamento à Emenda Constitucional 95.
- O eixo Pesquisa e Inovação aponta para a refuncionalização das atividades acadêmicas rumo aos interesses do mercado, ingerência das organizações sociais na elaboração, produção, financiamento e apropriação das pesquisas e desestímulo à pesquisa que não possa ser comercializada ou gere retorno financeiro.
- O eixo Internacionalização prevê subordinação da Capes à gestão do Future-se, além de desconsiderar acordos firmados, podendo transformar a validação de diplomas em um grande balcão de negócios.
Precisamos compreender que isso que está tomando forma pode acabar com nossos empregos e com o futuro de jovens que hoje sonham em transformar suas vidas pelo acesso à educação pública de qualidade.
Mobilize-se!
Lute!
Vamos rechaçar o Future-se e defender a Rede Federal de Educação!
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