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SERVIDORES E ESTUDANTES EM GREVE OCUPARAM A ENTRADA DO MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO

Postagem atualizada em 20/07/2012 às 15h10

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Grevistas fecharam a entrada principal e a garagem do prédio

Servidores de vários setores do serviço público e estudantes em greve ocuparam na manhã desta quinta-feira o prédio sede do Ministério do Planejamento, em Brasília.

Os grevistas ficaram acampados no canteiro central da Esplanada dos Ministérios desde segunda-feira (16). Os servidores pediram o reinício das negociações com o governo e uma reunião com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para discutir as principais reivindicações da categoria: reestruturação do plano de carreira e melhores condições de trabalho.

Para o Sinasefe – Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Profissional os servidores federais querem uma reestruturação no plano de carreira, condições melhores de trabalho e reajuste salarial. “A ministra Mirian Belchior disse que os países europeus estão passando por uma crise terrível e que o Brasil estaria andando na contra mão se desse aumento para os servidores. Quando os outros países estão bem, o negócio é com eles lá fora, e quando estão mal querem trazer os problemas deles para o nosso país?”, disse David Lobão, coordenador-geral do SINASEFE.

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O Congresso Nacional aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2013, que prevê a meta de superávit primário (reserva de recursos para o pagamento da dívida) de R$ 155,9 bilhões para a União, Estados e Municípios. O mais grave é que a meta anunciada para esse superávit é 3 vezes superior ao gasto anual com Educação e o seu efeito alcança quase R$ 1 trilhão, ou seja, cerca da metade do Orçamento Geral da União. Isso porque as receitas não primárias serão destinadas diretamente para o pagamento da dívida pública, hoje em torno de 47,19% do orçamento.

A proposta já destinou R$ 1,014 trilhão aos bancos para pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Enquanto isso, a previsão orçamentária em 2012 destina, somente, 18,22% dos recursos para a Previdência Social, 3,98% para a saúde, 3,18% para a Educação e 0,25% para a Reforma Agrária.

O governo precisa mostrar os números reais e não tabelas fabricadas que visam confundir os servidores e principalmente a sociedade.

COMANDO NACIONAL DE GREVE

SINASEFE