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SINASEFE na luta contra a censura e contra a perseguição política no CMRJ

Postagem atualizada em 24/10/2022 às 17h06

O SINASEFE vem se manifestar contra atos evidentes de censura e perseguição política que estão ocorrendo dentro do Colégio Militar do Rio de Janeiro (CMRJ), com a instauração de uma “sindicância” para apurar suposta “falta de lealdade” do professor Marcelo Assunção, sindicalizado do SINASEFE que denunciou, em suas redes sociais, uma encenação em que uma saudação nazista foi reproduzida por homens com uniformes militares e com o hasteamento de uma bandeira com o símbolo da suástica, feita na presença de estudantes menores de idade.

O primeiro ponto que nos causa estranheza é que a denúncia do professor Marcelo Assunção é correta: denunciar ações equivocadas de maus gestores do serviço público é dever de todo cidadão! O que ele fez não foi “falta de lealdade”, mas sim uma demonstração de zelo com o bem-servir do serviço público para com a população brasileira e com suas leis em vigor – que trata a apologia ao nazismo como crime.

Mas, ao contrário do que deveria ocorrer, o CMRJ não se manifestou sobre a abertura de sindicância para apurar o possível crime de apologia ao nazismo na realização da atividade e, ao contrário, abriu um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) contra o servidor Marcelo Assunção, baseado em um questionamento, feito por e-mail, por um pai de uma estudante, solicitando esclarecimentos sobre a encenação – a qual ele teria tomado conhecimento pelas redes sociais do servidor.

A deturpação de todo o andamento da apuração pela gestão do CMRJ fez com que uma denúncia grave, apresentada pelo servidor e também pelo SINASEFE, deixasse de ser apurada e que o denunciante virasse alvo de perseguição. Um absurdo, que nosso sindicato denuncia, lutará contra e não aceitará! Mas que, infelizmente, retrata como estão invertidos os valores e princípios nos tempos atuais, onde a razão e bom-senso coletivos foram sequestrados pelo bolsonarismo.

O SINASEFE reafirma o seu posicionamento de 06/07 em querer uma satisfação do CMRJ sobre o possível crime de apologia ao nazismo e defenderá em todas as esferas (política, jurídica e administrativa) o servidor Marcelo Assunção, que tem um histórico de vida dedicado às causas sociais mais nobres e à defesa incessante dos direitos humanos.

Abaixo a censura! Abaixo a repressão! Abaixo a perseguição!

Relembre o caso

No dia 1º de julho deste ano, em um evento em homenagem à Força Expedicionária Brasileira (FEB), houve uma encenação com indivíduos trajados com uniformes militares fazendo a saudação nazista diante de uma bandeira com uma suástica hasteada, na presença de estudantes adolescentes (menores de idade).

O caso repercutiu nacionalmente de modo bastante negativo, sendo criticado pelo SINASEFE, pela seção sindical do CMRJ e pela imprensa, como vemos no vídeo abaixo do Congresso em Foco:

Nota de Repúdio do Sinasefe CMRJ

Veja abaixo a Nota de Repúdio sobre o Processo Administrativo Disciplinar aberto contra o servidor Marcelo Assunção do Colégio Militar do Rio de Janeiro, produzida pelo Sinasefe CMRJ:

Baixe aqui a Nota do Sinasefe CMRJ visível acima (arquivo em formato PDF).

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