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Trabalhadoras(es) e estudantes do IFRJ paralisam atividades contra diretor assediador

Postagem atualizada em 07/06/2023 às 17h46

Trabalhadoras(es) e estudantes do campus São João de Meriti (SJM), do IFRJ, iniciaram nesta segunda-feira (05/06) uma paralisação de suas atividades. A paralisação foi aprovada por unanimidade no último dia 31/05, durante assembleia presencial convocada pelo Sintifrj, seção sindical do SINASEFE. A comunidade reivindica a realização de nova eleição para Direção Geral do campus, diante da postura recorrentemente assediadora do atual diretor.

Servidores(as), estudantes e terceirizados(as) do campus SJM denunciam, há meses, casos de graves assédios e perseguições envolvendo o atual diretor geral, Rodney Albuquerque. Em episódio recente, o assédio incluiu a instalação de câmeras (que também captavam áudio) no espaço escolar. Equipamento, custeado pelo próprio diretor, foi retirado após denúncia do Sintifrj.

Agenda da mobilização

O Comitê de Paralisação do SINTIFRJ no IFRJ campus São João de Meriti, formado por estudantes e servidores, divulgou a programação da sua primeira semana de paralisação, confira abaixo:

“O comitê trabalhou arduamente para que esta semana seja ocupada com debates, oficinas, palestras, aula pública e mobilizações; mostrando que a paralisação é um momento de potentes aprendizagens para o desenvolvimento do pensamento crítico e da consciência cidadã. Não iremos retroceder nem um milímetro em nossa luta contra o assédio, o autoritarismo e a apropriação da instituição pública para interesses privados!” destaca o Sintifrj em sua rede social.

Histórico

Em 17/05/2023, o Sintifrj esteve presente no campus SJM realizando uma assembleia local para tratar de problemas internos do campus, especificamente sobre o assédio moral. Casos recorrentes de perseguição e assédio moral a servidoras e servidores, e até a estudantes que relataram que teriam sido assediados ou visto colegas passarem por algum constrangimento. “Essa situação vem causando grandes problemas para a comunidade do campus como um todo, que estão adoecendo física e mentalmente, gerando afastamentos por condições de saúde, ou mesmo medidas mais extremas, como transferência para outro campus” destaca o sindicato local. O Sintifrj, junto de toda comunidade de trabalhadores e estudantes do campus SJM, pediram durante a assembleia a renúncia do diretor Rodney Albuquerque em um prazo de até sete dias, ou intervenção da reitoria para novas eleições.

De acordo com o Sintifrj, além das questões de assédio, o campus sofre com a péssima estrutura, falta de lâmpadas, dificuldade para encontrar salas para dar aula ou falta de computadores para alunos, sendo necessário dividir o computador com mais de um aluno, entre outros problemas. “Mesmo com todos esses problemas, o que se escuta por lá é que a rede social do institucional, que deveria promover o campus, faz promoção pessoal da figura do diretor geral, que passa nas redes sociais uma ideia diferente da realidade do campus” ressalta o Sintifrj.

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* Com informações do Sintifrj.