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Vamos à GREVE porque quem espera nunca alcança!

Postagem atualizada em 16/06/2012 às 18h08

Uma prova da importância e da amplitude de nossa real força contra-hegemônica é que somente após a deflagração da greve unificada da Educação Federal o chamado “governo dos trabalhadores” – que não negocia com grevistas – condiciona a negociação e a apresentação de uma proposta a um pedido de trégua na greve.

Parece irônico que uma secretaria de governo – a de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), que sempre demonstrou despreparo perante as mobilizações dos servidores da Educação (e em pleno movimento grevista) – convoque as categorias da educação para uma reunião e, sem uma proposta concreta, pede uma trégua na greve.

A falta de um entendimento real, de um acordo justo, de uma negociação limpa e de uma proposta digna, sobretudo para os servidores da educação federal, foi uma verdadeira demonstração de desprezo pela nossa categoria quando, apesar de “tentar” atender aos docentes, não apresenta uma proposta aos TAE.

Um governo que tenta aprovar uma medida provisória, a MP 568/2012, que desrespeita acordos firmados com as categorias do serviço público, reduz salários de outras e se nega a conceder reajustes a outras tantas, “merece alguma credibilidade?”

Ora, a traição aos servidores públicos tem sido uma espécie de marca registrada desse governo. Prova disso são os insistentes descumprimentos dos acordos de greve. A trégua pedida pelo secretário de Relações de Trabalho do MPOG, Sérgio Mendonça, na reunião de terça-feira, foi considerada uma ofensa por vários motivos, mas, sobretudo, porque a nossa categoria, naquele dia, contabilizava 255 dias de espera de uma negociação verdadeira e de uma proposta definitiva que resolvesse os problemas do setor da educação.

Diante dessa situação, somente uma greve forte e coesa vai mostrar a força dos servidores. O que precisamos agora é da união de todos, tal como aquela que deu forças ao movimento para pressionar o Parlamento a ponto de fazê-lo intervir contra a VERGONHOSA MP 568. É dessa união e dessa força que precisamos para conquistar nossas reivindicações. Portanto, temos apenas uma única orientação para a categoria: “vamos à greve porque quem espera nunca alcança!”