Postagem atualizada em 09/09/2022 às 17h46
As eleições para a Presidência da República se aproximam novamente, como acontece a cada quatro anos. Mas esse não será um pleito como os anteriores e possui um caráter plebiscitário e muito mais decisivo. Precisamos eleger Lula para derrotar Bolsonaro.
O Brasil aguentaria mais quatro anos do atual governo? Sabemos que não!
Bolsonaro, em seus três anos e meio de mandato transcorridos até aqui, devastou a Previdência com a EC 103/2019. A aposentadoria no Brasil ficou mais difícil de ser conquistada, mais cara de ser paga e mais escassa de ser recebida. Cortou, sucessivamente, verbas da educação pública, deixando toda a Rede Federal de Ensino com estruturas e orçamentos defasados, a ponto de quase fecharmos as portas.
Atuou na pandemia contra a população, contra as vidas do povo brasileiro e em favor do vírus, com atrasos e corrupção nas compras de vacinas e com atitudes irresponsáveis que possibilitaram a falta de oxigênio em hospitais, diversas aglomerações intempestivas e, consequentemente, mais mortes. Foram mais de 676 mil vidas perdidas até agora…
Bolsonaro atacou o serviço e os servidores federais, deixando nossos salários congelados e tentando privatizar os serviços públicos com a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) e também empresas estatais estratégicas, como Correios, Eletrobras e Petrobras. Fomos chamados de parasitas, de inimigos e tivemos até uma granada colocada em nossos bolsos. Ele negou o reajuste de 19,99% aos servidores. Ignorou as reivindicações do Fonasefe e não respondeu a pauta das categorias do serviço federal. Com isso, se tornou o primeiro Presidente da República do Século XXI a não conceder reajuste salarial ao funcionalismo público!
Nosso direito de organização foi atacado: ele tentou acabar com os sindicatos com a MP 873/2019. Nosso direito de greve foi atacado: ele tentou impedir os movimentos paredistas com a IN 54/2021. A democracia interna das Instituições Federais de Ensino (IFEs) foi atacada: ele tentou nomear reitores sem eleição com as MPs 914/2019 e 979/2020.
O SINASEFE buscou junto com várias organizações da sociedade civil, por incontáveis meios, denunciar os crimes do Governo Federal na gestão Bolsonaro e construir um processo de impeachment. Mas as Instituições do Estado Brasileiro (Congresso Nacional, Procuradoria-Geral da República e Supremo Tribunal Federal), fragilizadas e amedrontadas com os ataques de Bolsonaro (ou, o que é pior: alinhadas a ele), não deram a resposta necessária e não cassaram o mandato do pior Presidente que já tivemos.
Nas últimas eleições para as Presidências da Câmara e do Senado, em fevereiro de 2021, o que vimos foi o absurdo de Bolsonaro manipular as eleições de ambas as Casas, trazendo à vida o “orçamento secreto” (que já consumiu mais de R$ 20 bilhões do dinheiro público) e uma blindagem do Centrão que garantiu a “governabilidade”, apesar de todos os evidentes crimes do Presidente.
Agora, numa tentativa de tentar garantir a reeleição e reverter votos entre os mais carentes, Bolsonaro e sua base aliada no Congresso criaram uma PEC eleitoreira, que cria e amplia programas de políticas públicas compensatórias com duração somente até o final do ano.
Nunca vimos tantos absurdos enfileirados numa mesma prateleira. O país está sequestrado por madeireiros, latifundiários, garimpeiros, milicianos, banqueiros e todo tipo de pensamento atrasado. Não aguentaremos mais quatro anos disso e é preciso dar um basta!
Por isso, no 34º CONSINASEFE, realizado em Brasília-DF de 12 a 15 de maio de 2022, as bases do sindicato aprovaram, por maioria esmagadora, a necessidade do sindicato participar ativamente do processo eleitoral à Presidência da República, mobilizando sua base a eleger Lula para derrotar Bolsonaro!
O SINASEFE sempre foi independente a governos e partidos políticos desde sua fundação, há 33 anos. E continuará sendo! Defender a consigna de eleger Lula para derrotar Bolsonaro é uma necessidade da atual conjuntura, posto que uma reeleição do atual governo neofascista pode representar o fim das entidades sindicais e do direito de organização político-social da classe trabalhadora.
Por isso, vamos dos locais de trabalho às ruas, aos bairros, onde houver povo brasileiro, para insistir na necessidade de que não estamos diante de uma simples eleição: mas de um plebiscito da vida contra a barbárie representada por Bolsonaro.
Vamos eleger Lula e vamos lutar por sua posse, pois nem mesmo o processo eleitoral está seguro diante da escalada autoritária, mentirosa e golpista de Bolsonaro, que frente à possibilidade de derrota, ataca o sistema eleitoral e busca meios para impedir a eleição.
Precisamos eleger Lula para derrotar Bolsonaro como prioridade para manutenção das nossas lutas por direitos, por expansão da Rede Federal e dos serviços públicos, pelo fim do nosso congelamento salarial, pela revalorização dos salários dos trabalhadores e diminuição do valor do custo de vida (dólar, gasolina, gás, cesta básica: tudo está muito caro).
Mas precisamos, principalmente, para defender as vidas dos brasileiros e brasileiras mais vulneráveis: pobres, negros, negras, indígenas, LGBTQIA+, pessoas com deficiência e mulheres, segmentos da população diariamente atacados por Bolsonaro e suas políticas.
Esse país precisa ser entregue ao seu povo para se reencontrar e voltar a crescer. Esse caminho que perdemos depois do golpe de 2016 e ficou ainda mais longe com a eleição de Bolsonaro em 2018 é um horizonte distante, mas a esperança vai nos ajudar a trilhá-lo. Precisamos derrotar Bolsonaro, o bolsonarismo e o neofascismo para evitar que esse caminho se torne inalcançável.
Eleger Lula para derrotar Bolsonaro é a “batalha das batalhas” da nossa geração. E nós vamos vencer!
Carta de Apoio
Baixe aqui a Carta de Apoio à candidatura de Lula à Presidência da República visível acima (formato PDF).