Postagem atualizada em 04/11/2011 às 3h00
Sem aviso prévio às entidades, o governo voltou a adiar o início do processo de negociação para reestruturar a carreira docente, cancelando mais uma reunião. O primeiro encontro do grupo de trabalho estava previsto para acontecer na tarde desta quinta-feira (27).
Na abertura da reunião da manhã desta quinta (27), Marcela Tapajós, secretária adjunta de Relações do Trabalho do Ministério do Planejamento (MP), justificou a ausência do Secretário de Relações do Trabalho do MP, Duvanier Paiva, que estava em São Paulo, representando o governo em um compromisso e apresentou a proposta de agendar duas reuniões antes do dia 24 de novembro – para quando está marcada a próxima oficina para a discussão da carreira.
Logo em seguida, Marcela disse que seria impossível realizar a reunião das 15 horas, já prevista como o primeiro encontro do grupo de trabalho para discutir as propostas de carreira das entidades e do governo, uma vez que nem Paiva, nem membros da equipe técnica poderiam participar do encontro.
As duas reuniões
A reunião da manhã foi agendada pelo MP para fazer um balanço do processo, uma vez que a primeira oficina não foi realizada no dia 13 de outubro. Este evento daria início ao debate para a reestruturação da carreira docente.
Desta forma, o encontro das 11 horas antecederia a reunião do grupo de trabalho (GT) já agendada para acontecer 15 horas de quinta (27). No dia 13, Paiva manifestou a intenção de fazer desta reunião do GT um encontro da mesa de negociação para discutir o cancelamento da oficina. O ANDES-SN se opôs e solicitou que o governo antecipasse essa discussão para não prejudicar ainda mais a dinâmica já programada para a negociação.
De acordo com o calendário estabelecido para as tratativas acerca da carreira docente, este primeiro encontro do GT deveria problematizar as propostas apresentadas pelo governo e pelas entidades, identificando convergências e elaborar alternativas (se possíveis) para as divergências.
Tensão
Indignados, os dirigentes de ambas entidades afirmaram que isso demonstrava falta de respeito do governo para com o processo de negociação e que mais um cancelamento por parte do MP causaria mais uma frustração para a categoria.