Postagem atualizada em 06/01/2012 às 21h58
Editorial Boletim SINASEFE ed. 493
Estamos iniciando o ano de 2012, ainda sob a lógica da economia e da austeridade nas contas e nos gastos públicos que permearam o discurso do Governo Dilma ao longo de 2011. O discurso da necessidade de reformas e dos cortes nos gastos públicos continuam com a metralhadora repetitiva da mídia, representante do projeto de Estado em vigor.
Certamente teremos um ano ainda bastante turbulento e bem distante do atendimento das nossas reivindicações.
No MEC uma nova administração, o que certamente levará a algumas audiências até conseguirmos de fato voltarmos a falar das nossas reivindicações. E se aquela proposta MEC do dia 21 de setembro de 2011 já tinha sumido da mesa, agora o sumiço também será da responsabilidade daquele Ministério em querer dialogar os pontos que já haviam sido “atendidos” por aquela proposta de acordo. “Ministro novo, desculpa nova”
No MPOG continuamos naquele processo já bem conhecido por todos/as. Temos presenciado nas oficinas e reuniões decorrentes do Termo de Acordo nº 4 que o governo pretende impor a sua lógica na reestruturação das Carreiras Docentes, com a manutenção de duas carreiras e o estabelecimento da diferenciação entre os integrantes da carreira a partir de critérios produtivistas. E mesmo as Entidades Sindicais (ANDES e SINASEFE) já tendo demonstrado que suas proposições vão em sentido contrário do que vem sendo apresentado pelo governo nestas reuniões, Duvanier vem mantendo aquele ouvido de mercador, repetindo apenas o discurso preparado e apresentado no início do processo.
Em relação aos TAEs, estamos ainda em compasso de espera, já sabendo que em 2012 não teremos mudanças no que já foi anunciado pelo Sr. Duvanier: só haverá algum “aumento” para este segmento em 2013/2014. Ou seja, se nós não conseguirmos avançar nas negociações com o MPOG para os TAEs até o mesmo período dos docentes (31/03/2012), talvez sequer tenhamos algo para 2013, já que não há possibilidades de algo para 2013 se não for negociado no ano anterior – ou seja, três anos sem qualquer mudança na política e na tabela salarial.
O que nós não podemos perder de vista é que até março de 2012 temos que mobilizar a categoria, fazer com que ela entenda a necessidade do processo que estamos tentando construir nas oficinas docentes e nas possíveis mesas sobre os Técnico-Administrativos, não perdendo de vista que no próximo Congresso do SINASEFE, que será realizado no final de março, tenhamos que discutir estratégias mais contundentes para podermos ter o atendimento mínimo das nossas reivindicações, que não se concretizaram em 2011.
Sabemos que a crise continuará sendo a desculpa do governo no trato com os
Servidores/as. Novamente teremos a intransigência como comportamento linear no processo de negociação/enrolação, com o governo não deixando de praticar as suas tentativas de fragilização do movimento dos Servidores/as federais através daquela velha política de acordos isolados rebaixados e, consequentemente, tentando impedir as Entidades de unificarem suas lutas.
A tarefa do nosso Sindicato Nacional será continuar nas mesas defendendo as nossas teses e princípios e procurar construir a unidade com os outros setores dos Serviço Publico, possibilitando que tenhamos outro resultado na nossa luta em 2012. Ou ajudamos a construir a unidade no Serviço Público ou teremos que lutar sozinhos novamente, o que será ainda mais difícil do que foi em 2011.
A nossa luta não será fácil, mas contando com a disposição de luta que a base do SINASEFE demonstrou em 2011, devemos acreditar que é possível construirmos uma outra perspectiva de lutas e enfrentamento com o governo Dilma para este próximo ano.