GT discute a luta contra opressões e discriminações

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GT discute a luta contra opressões e discriminações

Postagem atualizada em 17/08/2013 às 19h28

Nos dias 15 e 16, ocorreu o 2ª encontro do GT Identidade de Gênero, Orientação Sexual, Raça, Etnia e Trabalho Infantil, as coordenadoras do GT Eugenia Martins e Silvana A.P.V.Barbosa, juntamente com o coordenador geral, Shilton Roque, no inicio das atividades, enfatizaram a importância do envolvimento do Sinasefe no fortalecimento das discussões e ações relacionado às lutas socais.

Como ponto de partida para o debate acerca da opressão a classe trabalhadora, os participantes assistiram ao filme: “A classe operária vai ao paraíso”. No debate realizado pelos presentes, foi identificados que as opressões existem nos dias atuais, dentro dos Institutos Federais, principalmente, em relação à exigência de produtividade, assim como as encontradas no filme.

O movimento homossexual e suas influências

Na próxima pauta, Carlos Daniel, do setorial LGBT da CSP-Conlutas, palestrou para o Grupo as premissas dos direitos humanos presentes em leis e projetos (como o PLC 126), bem como na Constituição Federal. Foi destaque dessa mesa temática a inexistência dos direitos e garantias individuais para os homossexuais.

Segundo ele, não há política governamental para proteger a vida dos LGBT, cerca de 44% dos assassinatos no mundo ocorre no Brasil, com requintes de “homofobia”.

O direito individual das parcelas oprimidas da sociedade foi amplamente abordado pelos participantes, na defesa de uma lógica a ser trabalhada nos sindicatos: a luta não é segmentada e sim generalizada. Para o setorista, a luta contra cada movimento oprimido, seja dos LGBT, racial ou/e das mulheres, entre outros, fazem parte da classe trabalhadora por completo.

Veja aqui as fotos do GT!

A mulher e a evolução dos seus direitos

Eugênia e Silvana conduziram as discussões acerca da realidade da mulher e suas facetas na sociedade brasileira. Questões como quais devem ser estendidas nas salas de aula com um objetivo: a defesa e proteção à vida da mulher.

A violência contra a mulher surge muitas vezes da opressão de seus companheiros, familiares e até mesmo de colegas de trabalho. Entretanto a cultura machista em que as mulheres foram criadas tem o intuito de calar estes constantes preconceitos, assédios sejam eles moral, sexual, racial, classista, entre outros.

As evidências dessas opressões são mascaradas pela negativa de sua existência ou/e a avaliação que as mulheres possuem uma espécie de fragilidade que as impossibilitam de tratamento igualitário a dos homens.

Direitos Humanos e Discriminação Racial

Júlio César Soares, membro do setorial Quilombo Raça e Classe da CSP-Conlutas proferiu palestra relacionando terminologias ultrapassadas ao se referir à raça negra. Fez também breve histórico sobre o desenvolvimento da população negra no Brasil para introduzir as explanações do Grupo.

O palestrante trouxe a problemática de o próprio negro negar sua raça, como uma forma de auto discriminação. Esse tipo de ideologia é o mito da democracia racial, segundo ele. Uma contradição, pois a população brasileira é composta por 50,4% de negros, segundo pesquisa do IBGE de 2009.

Foi aberto o debate em relação ao “sistema de cota”, que não esta sendo aplicada e sequer discutida nas Instituições Federais.

O grupo direcionou a necessidade de se institucionalizar o GT permanente nas Seções para que os debates sejam melhores aproveitados pelos trabalhadores. Os encaminhamentos desse Grupo de Trabalho serão apreciados pelos delegados da 117ª Plenária do Sinasefe, nos dias 16 e 17 de agosto, em Brasília.