Servidores públicos federais realizam grande ato em Brasília-DF

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Servidores públicos federais realizam grande ato em Brasília-DF

Postagem atualizada em 20/03/2014 às 0h30

Um novo capítulo da Campanha Salarial dos SPF aconteceu neste dia 19 de março: mais de mil trabalhadores realizaram ato público nas ruas de Brasília-DF, em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), com o objetivo de denunciar o descaso do governo federal aos servidores e pressioná-lo ao atendimento da pauta de reivindicações da categoria. Nos demais estados, mobilizações locais fortaleceram a luta. As bases do SINASEFE paralisaram suas atividades nesta quarta-feira, que foi convocada como Dia Nacional de Lutas.

O Dia Nacional de Lutas

Agendado no começo de fevereiro, na plenária ampliada do Fórum de Entidades Nacionais dos SPF, este dia de lutas e paralisação foi referendado na 120ª PLENA do SINASEFE (22 e 23 de fevereiro), dentro de um calendário em que nossas bases estariam realizando assembleias para a construção da greve de abril, que será debatida na próxima semana, durante o 28º CONSINASEFE (27 a 30 de março).

Além da Direção Nacional do nosso Sindicato, que esteve presente na manifestação, as Seções Sindicais de Brasília-DF e Sindsifce estiveram representadas na atividade, que contou com caravanas de todo o país.

O Ato

Nas primeiras horas do dia, as caravanas dos estados se aglutinaram aos servidores já presentes em Brasília-DF, em frente ao bloco K (sede do MPOG), na esplanada dos ministérios. Com faixas, bandeiras, panfletos, apitos, matracas, fogos de artifício, trios elétricos e muita disposição, o movimento bloqueou a entrada do ministério e realizou diversas intervenções ao microfone.

O governo, que se comprometeu por intermédio do MPOG a responder a pauta de reivindicações dos servidores protocolada em 5 de fevereiro até o carnaval, não cumpriu com sua promessa (mais uma vez) e foi bastante cobrado pelos trabalhadores. Em resposta a isso, a Campanha Salarial dos SPF inaugurou, nesta semana, um novo estágio a partir da deflagração dos movimentos paredistas.

A Fasubra Sindical, representante dos técnico-administrativos das universidades, foi bastante aplaudida por todas as entidades do Fórum, que estão com greves prontas a se juntar a que eles deflagraram na última segunda-feira (17).

Silvio Rotter, coordenador geral do SINASEFE, fez intervenção durante o ato, parabenizando a greve da Fasubra; informando o estado de mobilização e construção da greve do nosso Sindicato, que deve ser deliberada em Congresso; saudando as caravanas dos estados presentes em Brasília-DF; e indicando ao movimento dos SPF um exemplo a se seguir: o dos garis do Rio de Janeiro-RJ, que radicalizaram o movimento e conseguiram uma importante vitória, com 36% de aumento salarial real.

A segunda reunião

Com o passar do tempo e com os servidores demonstrando que não haveria cansaço que os tirassem dali, o MPOG foi forçado a, novamente (assim como no dia 05/02), receber uma comissão de servidores, em reunião que aconteceu no bloco C (lado oposto da esplanada).

No encontro, em que o SINASEFE esteve representado pela segunda tesoureira Eugenia Martins, o secretário de Relações de Trabalho do MPOG, Sérgio Mendonça, recebeu os servidores e informou que passaria a ser o interlocutor do Ministério com o movimento, denotando que a ministra Miriam Belchior não tem agenda (ou disposição) para nos receber.

Sem grandes justificativas para o porquê da pauta de 2013 sequer ter sido considerada pelo governo e do prazo de resposta para a de 2014 (dado pelo próprio MPOG) não ter sido respeitado, Mendonça apenas prorrogou a data para resposta às nossas reivindicações para o final de março, mas não sem deixar de demonstrar em seu discurso que este governo não está aberto a negociação com os trabalhadores: o secretário enfatizou sua decepção com as entidades classistas dos SPF por estas “não reconhecerem os avanços e o trabalho do governo nas negociações com os servidores”.

Que fazer?

As assembleias das bases irão até o dia 26, quando teremos um quadro completo das Seções que indicaram decisão favorável à greve. Até lá, nossa missão torna-se aprovar a greve do SINASEFE em todas as bases para deliberá-la na próxima semana, durante o CONSINASEFE.

Não há outro caminho possível para conquistarmos demandas como data-base, reposição de perdas, antecipação do reajuste previsto para o ano que vem, destinação de 10% do PIB para a educação pública etc (veja aqui nossa pauta) que não seja a luta. E o instrumento de luta a se utilizar, neste momento em que o governo nos vira as costas e ironiza o movimento, é a greve.

O SINASEFE fez parte do movimento que protocolou uma pauta de reivindicações em 20 de fevereiro de 2013, sem nenhuma resposta. Protocolamos novamente nossas reivindicações conjuntas em 5 de fevereiro deste ano. A resposta não veio no prazo acordado e não existem indicações de boa vontade por parte do governo em atendê-las. De maneira específica, construímos uma pauta própria do Sindicato em nossa última PLENA, a qual também protocolamos junto ao MPOG, MEC e Presidência da República na semana passada. E, sobre nossa pauta específica, segue-se o silêncio do governo.

Esse desprezo do governo Dilma convoca às bases dos SPF à construir uma greve. 2014 veio com a promessa de ser o ano das lutas. Então façamos a nossa parte: às assembleias nas bases, ao Congresso em Brasília-DF, à greve geral dos SPF e à luta pela ampliação e contra a retirada dos nossos direitos!