Nota de Solidariedade ao Sindscope-RJ e aos trabalhadores do Colégio Pedro II

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Nota de Solidariedade ao Sindscope-RJ e aos trabalhadores do Colégio Pedro II

Postagem atualizada em 11/03/2017 às 21h46

Diante da Ação Civil Pública lançada na última terça-feira (07/03) pelo procurador Fábio Aragão, do Ministério Público Federal do Rio de Janeiro, a qual transformou em réus o Sindscope-RJ e alguns servidores do Colégio Pedro II, a Direção Nacional (DN) do SINASEFE aprovou neste sábado (11/03) uma nota de solidariedade à nossa seção sindical e aos trabalhadores atacados.
Confira o texto aprovado pela DN na íntegra logo abaixo:
 
Procurador defensor da “cura gay” e do Projeto Escola Sem Partido persegue servidores e sindicato do Colégio Pedro II
Enquanto vivenciamos o caos na educação, na saúde, na segurança, no transporte o procurador Fábio Aragão usa o Ministério Público para perseguir servidores do colégio público em defesa de suas ideias conservadoras. Milhares de alunos sem aula e a preocupação do procurador é constranger professores e técnico-administrativos do Colégio Pedro II, utilizando denúncias forjadas, como uma foto de servidores que são do PSOL na sede do partido na Lapa para afirmar que era um núcleo do PSOL no Colégio Pedro II. Ou a filmagem de um servidor distribuindo um panfleto do PSTU fora da escola para provar que servidores faziam campanha eleitoral dentro do colégio.
O Procurador tem agido como se o nefasto Projeto da Escola Sem Partido, que quer proibir o pensamento crítico dentro da escola, já tivesse sido aprovado. Convoca para depor um professor de história porque recebeu a denúncia de que ele discutia política na sala de aula. Para esses setores conservadores, que defendem a Escola Sem Partido, a solução deve ser retirar do programa o estudo da Revolução Francesa, da Revolução Russa, ou melhor, retirar da grade as disciplinas de história, geografia, sociologia, filosofia… acabar com qualquer espaço de discussão e formação da cidadania, prevista pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Perante a realidade em que mulheres e LGBTs são agredidas e assassinadas, querem acabar com a discussão de gênero e opressão dentro da escola, classificando-a como ideológica.
No momento em que lutamos contra a Reforma da Previdência e a Reforma Trabalhista, que retiram direitos adquiridos pelos trabalhadores, o procurador ataca o Sindscope-RJ, nossa seção sindical, acusando-o de fazer campanha eleitoral dentro da escola. Nossa seção é plural e não é vinculada a nenhum partido político, mas nós não estamos nos “anos de chumbo” da ditadura militar em que se exigia “atestado ideológico” dos servidores e os sindicatos não podiam criticar o governo ou o regime sob o risco de sofrerem intervenção. Nossa seção luta sim contra qualquer governo que ataque os trabalhadores. O Sindscope-RJ fez greves sob o governo FHC, Lula, Dilma e Temer.
É a formação do cidadão crítico e participativo que faz do Pedro II o colégio de qualidade reconhecido em todo país. É a combatividade dos servidores da Rede Federal de Educação e da nossa seção sindical que este procurador está atacando.
Não vamos ficar calados! Em defesa do Ensino Público de qualidade, da democracia e dos servidores do Colégio Pedro II, vamos dar um basta à perseguição política promovida pelo procurador Fábio Aragão.
Toda solidariedade ao Sindscope-RJ, às diretoras da entidade, ao reitor e servidores docentes e técnico-administrativos do Colégio Pedro II, ao PSOL-RJ e ao vereador Tarcísio Mota, indiciados no processo.
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