32º CONSINASEFE: resumo do segundo dia

Memória SINASEFE

Confira notícias antigas do SINASEFE

Latest

32º CONSINASEFE: resumo do segundo dia

Postagem atualizada em 30/04/2018 às 10h53

Durante o segundo dia de 32º CONSINASEFE, no domingo (29/04), os trabalhos foram dedicados ao debate das teses de conjuntura e às reuniões de chapas e coletivos. No período matutino os congressistas estiveram em plenário conhecendo as teses de conjuntura apresentadas ao fórum. No período vespertino os participantes se dividiram em diversos grupos para debater as eleições e preparar chapas e candidaturas. A listagem com os delegados e delegadas votantes também foi divulgada: 494 credenciados no total.

Teses de Conjuntura

Foram apresentadas 13 teses, 12 delas que já constavam no Caderno de Teses com o tema de Conjuntura, e a Tese 5 do Tema Plano de Lutas, foi reposicionada. Ao todo 24 congressistas defenderam suas posições: Sílvio Sérgio, Elenira Vilela, David Lobão, Lissandra Lazzarotto, Rogério Silva, Magda Furtado, Ronaldo Naziazeno, Albano Teixeira, Michel Torres, Lucas Melo, Matheus Mesquita, Maycon Bezerra, Hugo Brandão, Alane Karine, Ed Fábio Agapito, Beth Dau, Luiz Sérgio Ribeiro, Williamis Vieira, Pricylla Bezerra, Williamis Vieira, Ricardo Velho, Jane Ventura, Bernardo Soares e Fabiano Duarte.

Apresentando a Tese 5 (A conjuntura e uma das tarefas do SINASEFE NACIONAL e de suas Seções Sindicais) Sílvio Sérgio destacou a defesa da democracia, e do direito de Lula ser candidato. “É preciso pensar mais alto e de forma mais ampla nas lutas que estão colocadas”, reforçou. A tese 5 começa na página 27 do Caderno de Teses.

Elenira Vilela, que subscreve a Tese 12 (Em defesa da unidade da classe trabalhadora), apresentou diversos elementos que reforçam a centralidade da unidade dos trabalhadores. “A classe dominante nunca exitou em jogar os trabalhadores para a morte se isso aumentar a taxa de lucro, um processo que se dá em nível global, não apenas no Brasil”, destacou. Para ela, o processo eleitoral que se aproxima é estrutural e vai incidir nos ataques enfrentados pelos trabalhadores. A tese 12 começa na página 27 do Caderno de Teses.

A Tese 2 – Depois do Golpe: contradições, diferenças e unidade na luta de resistência, foi defendida por Lissandra Lazzarotto e David Lobão. A dupla destacou que as ideias diferentes sempre existirão no SINASEFE, mas que é ter preciso união. Sobre o ex-presidente Lula, destacaram que sua defesa, por parte dos movimentos sociais, “não significa a defesa de seu projeto”, lembrou Lobão. A tese 2 começa na página 14 do Caderno de Teses.

Rogério Silva, Magda Furtado e Ronaldo Naziazeno defenderam a Tese 6 (Tese de Conjuntura Nacional e tarefas do SINASEFE). Além de pautar a autonomia e a combatividade dos sindicatos, para eles, é necessário um rigoroso balanço do governo Lula. “Defendemos a unidade dos trabalhadores, mas sem esquecer nossas diferenças”, destacou Rogério. A tese 6 começa na página 31 do Caderno de Teses.

Defendendo a Tese 3 (No país em que o desemprego cresce assustadoramente, lutamos contra toda forma de opressão!), Albano Teixeira apresentou diversos dados alarmantes. “Mata-se mais LGBTs no Brasil que nos 13 países do oriente que ainda criminalizam a homossexualidade” destacou. Ele defendeu que o Brasil precisa de uma revolução socialista.”Não é o processo eleitoral que nos garante avanços. Tudo que se avançou até hoje foi sob muita luta”, defendeu Albano. A tese 3 começa na página 31 do Caderno de Teses.

Michel Torres, apresentando a Tese 10 (Frente aos golpes e novos desafios: reorganizar a esquerda), apontou que na conjuntura atual estamos diante do maior ataque à legislação trabalhista da história do Brasil. Ele defendeu a necessidade de caracterizar o que é o governo Temer e o que o sustenta: “se não se sabe contra quem se luta é impossível vencer”, destacou. A tese 10 começa na página 54 do Caderno de Teses.

Discordando da ideia de que existe uma onda conservadora no Brasil, Lucas de Melo defendeu a Tese 13 (SINASEFE como instrumento de luta dos educadores federais e da classe trabalhadora brasileira – publicada como Tese 5 do Plano de Lutas). “Existe uma diferença entre Dilma e Temer, mas não existiu mudança de regime”, destacou Lucas. A tese 13 começa na página 93 do Caderno de Teses.

Maycon Bezerra e Hugo Brandão apresentaram a Tese 7 (CONSINASEFE 2018), destacando a necessidade de uma ampla unidade de ação contra os ataques da burguesia. Para eles, apenas os trabalhadores em movimento podem deter a direita. Pautando o SINASEFE, defenderam a organização por local de trabalho e o enraizamento do sindicato nas bases. “O SINASEFE não pode se obscurecer no meio de uma unidade que privilegie o lulismo”, lembrou Maycon. A tese 7 começa na página 38 do Caderno de Teses.

A apresentação da Tese 11 (As crises e o capital: reflexos das contrarreformas do estado para a classe trabalhadora) foi realizada por Alane Karine e Ed Fábio Agapito. Eles enumeraram elementos de ataque aos trabalhadores e defenderam que a proposta de reestruturação da Rede Federal representa o avanço da privatização. A capilaridade social da Rede e a necessidade de “compreender os cerca de 5 milhões de estudantes enquanto trabalhadores em formação” também foram pautadas. A tese 11 começa na página 60 do Caderno de Teses.

Beth Dau e Luiz Sérgio Ribeiro defenderam a Tese 4 ( Contra a guerra social dos cima o chamado à rebelião para os de baixo!) “A perspectiva que está colocada não é eleitoral: é a luta, a saída não está nas urnas, mas na luta”, defendeu Beth. Segundo eles, é fundamental que o debate das opressões esteja presente nessa saída, para classe trabalhadora não é possível falar das mazelas atuais sem falar das opressões: “porque a miséria e a desigualdade tem gênero e cor”. A tese 4 começa na página 23 do Caderno de Teses.

A Tese 9 (Tese de conjuntura internacional 32º Congresso do SINASEFE) foi apresentada por Pricylla Bezerra e Williamis Vieira. Eles traçaram um panorama geral de acontecimentos globais e defenderam a existência de uma ofensiva reacionária internacional. “Estamos na defensiva, há resistência” pontuou Williamis. A tese 9 começa na página 50 do Caderno de Teses.

Defendendo a Tese 8 (Firmes na luta! Tese Análise de Conjuntura) Jane Ventura e Ricardo Velho pautaram os métodos de se buscar a unidade na esquerda. “Sempre há o chamado à unidade, mas dentro de olhares já pré-determinados” pontuou Jane. Também pautaram a reestruturação da Rede Federal e defenderam a importância de perceber este movimento em outras categorias, como nos Correios e na Petrobras. A tese 8 começa na página 44 do Caderno de Teses.

Encerrando as apresentações de teses do segundo dia, Bernardo Soares e Fabiano Duarte falaram da Tese 1 (Tese de Conjuntura para o CONSINASEFE). Eles pautaram o avanço do conservadorismo e a necessidade de se debater as diferenças políticas para então construir um programa que apresente, de maneira independente, as lutas dos trabalhadores. O papel estratégico do SINASEFE e da Rede Federal na formação e reorganização dos trabalhadores também foi apontado peta dupla. “Precisamos organizar um grande Encontro da Classe Trabalhadora, que paute nossos desafios e tarefas”, finalizou Fabiano. A tese 1 começa na página 9 do Caderno de Teses.

Reuniões de Chapas e Coletivos

Na tarde do domingo o clima de Congresso Eleitoral se intensificou. Mais de seis grupos se reuniram em diversos espaços físicos diferentes do Centro de Eventos da CNTC. As inscrições das chapas à Direção Nacional (DN) e das candidaturas aos Conselhos Fiscal e de Ética também foram realizadas na noite do segundo dia de trabalhos.

Cobertura ao vivo do segundo dia

Vídeo do segundo dia

Fotos

Confira aqui o álbum de fotos do segundo dia do 32º CONSINASEFE.

Sobre o Congresso
O 32º CONSINASEFE começou em 28 de abril e irá até 1º de maio, em Brasília-DF, tendo como tema “Unificar a Luta da Classe Trabalhadora Contra os Ataques do Capital”. O fórum possui caráter eleitoral e elegerá os membros da Direção Nacional (DN) e do Conselho Fiscal (CF) para o biênio 2018-2020.