Crise atinge a UnB, que pode fechar as portas em agosto, e Institutos podem ser suas próximas vítimas

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Crise atinge a UnB, que pode fechar as portas em agosto, e Institutos podem ser suas próximas vítimas

Postagem atualizada em 04/05/2018 às 20h05

A crise econômica da Educação Federal fabricada pelo governo Temer com a aprovação da EC 95/2016, que congelou os investimentos em serviços públicos até 2036, começa a demonstrar seus efeitos mais perversos na Universidade de Brasília (UnB), que deve parar de funcionar a partir de agosto.

Com um deficit orçamentário de mais de R$ 92 milhões para este ano, a UnB foi obrigada a demitir cerca de 50% dos seus trabalhadores terceirizados e diversos setores da Universidade encontram-se inviabilizados de funcionamento e atendimento ao público.

Várias manifestações foram realizadas nos últimos dois meses em Brasília-DF, em frente ao Ministério da Educação (MEC), com a participação massiva de estudantes, servidores e trabalhadores terceirizados.

Mas a resposta do governo Temer foi a repressão contra os que lutam em defesa da UnB (veja os vídeos abaixo e acima deste parágrafo) e nenhum aporte financeiro que possa evitar seu fechamento daqui a três meses foi concedido.

Uma greve do Sintfub em defesa da UnB foi aprovada no dia 25/04 e deflagrada em 28/04, paralisando os servidores técnico-administrativos. Unindo-se aos técnicos, os estudantes também têm realizado assembleias e deliberado por greves e mobilizações estudantis.

Sem alternativas, a reitora Márcia Abrahão está com o pires na mão e confirmou (em entrevista à Revista Fórum) que a UnB deve mesmo fechar em agosto se não houver contingenciamento financeiro por parte do governo federal.

Em atendimento a um pedido do movimento #OcupaUnB, que esteve presente na mesa de abertura do 32º CONSINASEFE, o primeiro plantão semanal da gestão 2018-2020 da Direção Nacional do SINASEFE foi até a UnB na noite desta quinta-feira (03/05), onde fez uma saudação aos estudantes em assembleia e se colocou a disposição para ajudar nas lutas que virão. Camila Marques (coordenadora geral) e Ed Fábio Agapito (secretário de combate às opressões) representaram o SINASEFE no espaço.

Essa tragédia anunciada do fechamento da 6ª maior universidade pública do país, com mais de 38 mil estudantes e com o quarto maior orçamento entre as Federais, não se restringirá apenas à UnB. Todas as universidades públicas estão ameaçadas. Todos os hospitais públicos estão ameaçados. E nossos Institutos Federais também!

O Reordenamento proposto pelo MEC não vem com nenhum fundo de “benesse governamental”, mas com o intuito de lotear os Institutos em nichos de modo a torná-los mais atrativos à privatização. Hoje são os terceirizados da UnB que sofrem com demissões, sucateando os serviços e sobrecarregando os técnicos e docentes com novas demandas. Amanhã serão os terceirizados dos Institutos, com esse processo nos afetando diretamente.

O SINASEFE não apenas se solidariza às lutas contra o fechamento da UnB e contra a EC 95/2016 que, se não for revogada, vai jogar todos os serviços públicos numa precarização sem precedentes, tornando-os alvos fáceis de políticas de privatização. O SINASEFE convoca suas bases à ampla mobilização em defesa da Rede Federal de Educação.

Fotos

Confira aqui as imagens da participação do SINASEFE na assembleia dos estudantes da UnB, em 3 de maio.

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