Postagem atualizada em 22/03/2014 às 15h48
Estamos vivenciando dois momentos bastante significativos na história de nossa entidade: a construção de uma greve e de um congresso nacional. Ambos processos exigem a dedicação e envolvimento dos mais de 50 mil trabalhadores que constituem a educação básica, profissional e tecnológica do país.
Ao olhar para o conjunto dos servidores da educação federal confirmamos que não são apenas os trabalhadores organizados no SINASEFE que entendem o caminho das greves e da mobilização como o único que restou. Nas universidades federais a falta de respeito do governo também já levou a deflagração de movimento paredista pelos técnico-administrativos e impulsiona o debate sobre a necessidade de expandir a mobilização dos docentes.
28º CONSINASEFE e a luta contra a precarização
Durante os dias 27 e 30 de março nosso debate no 28º CONSINASEFE será exatamente sobre a ampliação da unidade na luta contra a precarização, um debate central para nossa organização no próximo período.
Temos aprofundado, sobretudo nos últimos quatro anos, nossa elaboração sobre a precarização a qual rede federal vem sendo submetida. Além das centenas de assembleias realizadas pelas nossas seções sindicais, realizamos seminários regionais e pesquisas sobre a precarização. Nossos eixos foram o ensino, dos direitos trabalhistas e das estruturas de funcionamento. Constatamos que a dura realidade enfrentada em cada local de trabalho se repete de Norte a Sul do país e não pode ser encarada como algo natural e irreversível: precisamos nos mobilizar e paralisar as nossas atividades exigindo melhorias!
Eleições no SINASEFE
A direção nacional eleita durante o 26º CONSINASEFE encerra neste mês seus dois anos de mandato. Uma gestão combativa e marcada por diversas lutas: contra os ataques do governo (EBSERH, Funpresp, direito de greve), uma greve em 2012, o apoio às mobilizações populares, e, principalmente, defendendo os direitos, conquistados sob muita luta, dos docentes e técnico-administrativos.
Durante o 28º CONSINASEFE vamos eleger a próxima gestão da direção nacional de nossa entidade. Uma gestão que já terá clara uma importante tarefa: fortalecer as mobilizações e a greve da categoria, colocada como uma realidade em nossos fóruns.
Movimento paredista
Após nossa última greve, em 2012, avaliamos atentos, ao longo de 2013, o andamento das discussões com o governo, que se comprometera a implementar nossas demandas. Infelizmente não reconhecemos avanços nos nessa “implementação”.
Pelo contrário, acumulamos ataques aos nossos direitos em vários institutos/colégios: querem retirar o regime de trabalho de 30h dos técnicos, implantam ilegalmente o controle de ponto para docentes, dificultam os processos de eleição dos gestores (em alguns casos até golpes foram articulados), perseguem servidores por divergências políticas… Ocuparíamos aqui várias páginas para listar os ataques que sofremos em nosso cotidiano.
Tem dinheiro pra Copa, mas não te pra Educação?
Somando nossas dificuldades cotidianas da rede federal de educação a uma conjuntura de arrocho salarial, com níveis estratosféricos de inflação, e o absurdo desvio de dinheiro público da educação e da saúde para eventos como a Copa da FIFA e as Olimpíadas, não nos faltarão indignação e motivos para mobilização.
Se não nos mobilizarmos para defender nossos direitos e nossos salários, os recursos da saúde e da educação vão, cada vez mais, para os banqueiros e empreiteiros. Não é por acaso que mais de 42% do orçamento público é destinado para pagamento de juros da dívida interna, enquanto somente 3% para educação. Falta dinheiro para educação pública e sobra para os banqueiros.
Sendo assim, reafirmamos a necessidade de fortalecer nossa mobilização e avançar para uma greve forte e unificada em nossa rede.
Bem vindos ao 28º CONSINASEFE, todos à luta, até a vitória!
