Postagem atualizada em 22/03/2014 às 16h04
No último dia 16 de março mais um episódio de abuso policial veio à tona. Dessa vez não houve como negar, um vídeo mostrou, nitidamente, a barbárie praticada pela polícia militar do estado do Rio de Janeiro nas periferias, nesse caso no Morro da Congonha. Cláudia Ferreira Silva, trabalhadora, 38 anos, mãe de quatro filhos, e responsável por mais quatro crianças, foi assassinada durante uma operação policial, e arrastada por uma viatura do Estado por mais de 300 metros.
Além de repudiar a barbárie policial, o SINASEFE também denuncia a forma fria e, um tanto quanto distante, como a morte de Cláudia foi abordada na mídia burguesa. Ao citar os protestos realizados pelos moradores da comunidade onde Cláudia, a grande imprensa destacou apenas as ações realizadas, e não os motivos da revolta popular. Além disso, nos títulos e nas matérias, ao se referir à Cláudia, utilizavam palavras como “arrastada” e “mulher”, negligenciando a identidade da trabalhadora.
Atrocidades como essa são cometidas repetidas vezes contra a população pobre, em especial contra negros e negras: são reflexos das políticas de criminalização da pobreza e dos lutadores e, evidentemente, do racismo existente em nosso país.
Exigimos que a justiça seja feita, que os responsáveis sejam punidos (mesmo acumulando mais de 69 mortes na ficha os policiais envolvidos já estão livres).
Lutemos contra todas as formas de opressão e exploração, e pelo fim do uso de forças policiais para eliminação do povo pobre. Lutemos contra a criminalização das lutas e pelo fim das desigualdades e, da bárbara sociedade capitalista.
