Greve do SINASEFE incomoda e MEC ataca o Direito de Greve

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Greve do SINASEFE incomoda e MEC ataca o Direito de Greve

Postagem atualizada em 17/06/2014 às 18h37

Estamos há 58 dias em greve, com uma pauta que inclui a defesa e ampliação de importantes direitos dos trabalhadores, sendo que desde ontem a nossa luta ganha um novo e importante ponto de pauta: a defesa do direito constitucional de greve! O SINASEFE recebeu no dia 16 de junho de 2014 uma liminar expedida pelo Superior Tribunal de Justiça que declarou de forma injusta a ilegalidade e abusividade do movimento paredista.
O documento se baseia em uma série de inverdades (que o MEC reproduz em seu site), tendo como fundamento principal a vigência de um acordo assinado em 2012 por uma entidade (Proifes) que não nos representa, e que, inclusive, a própria justiça nega a sua representatividade. Vale ressaltar que esse acordo não foi assinado por Andes-SN e SINASEFE por representar um óbvio retrocesso a carreira docente, e portanto não há descumprimento de nenhum acordo.

No entanto, em vez de reconhecer a relevância do nosso trabalho e da nossa luta por uma educação pública, gratuita, laica e sobretudo de qualidade para os nossos estudantes, negociando nossa pauta de reivindicações, o governo prefere atacar nossa greve ferindo os direitos constitucionais de greve e de autonomia das nossas instituições.

Esse ataque demonstra explicitamente a força do nosso movimento, que atinge mais de 160 campi da rede federal, mobilizando e conscientizado a comunidade acadêmica sobre o momento político de ataque ao serviço público e seu desmonte, em um ano que o governo tenta manter sua popularidade, abafando os movimentos sociais com o mote da copa e quando isso não é possível, criminalizando-os, tudo isso para garantir a reeleição de Dilma e seu projeto de Estado que não contempla os trabalhadores.

Diante de tamanha injustiça, frente a este ataque ao instrumento mais valioso da classe trabalhadora para defesa dos seus direitos, o SINASEFE já acionou sua Assessoria Jurídica, que irá impetrar recurso solicitando a revogação imediata de tal decisão, esclarecendo os fatos elencados nesta e buscando corrigir essa injustiça. Reiteramos que tal decisão da justiça demonstra que o governo está realmente incomodado com nossa mobilização e que a mesma tem significativo impacto para a sociedade. Por fim, o SINASEFE informa a toda base que não irá se abster da defesa irrestrita do nosso direito de greve e não será uma decisão liminar que irá calar o SINASEFE, greve é direito, não se negocia!

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