23 de agosto: Dia Internacional para Relembrar o Tráfico de Escravos e sua Abolição

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23 de agosto: Dia Internacional para Relembrar o Tráfico de Escravos e sua Abolição

Postagem atualizada em 23/08/2018 às 19h48

O Dia Internacional para Relembrar o Tráfico de Escravos e sua Abolição é celebrado em 23 de agosto e se trata de um momento para que o mundo possa conciliar o dever de recordar acontecimentos passados com a obrigação de situá-los em sua justa perspectiva histórica.
Desde 1994, quando o Projeto da Rota do Escravo foi iniciado, a Unesco (representação da Onu para Educação, Ciência e Cultura) se propôs a ampliar a colaboração científica no estudo da escravatura e seu comércio para abordar as múltiplas memórias, culturas e representações. Esse respeito à diversidade das memórias é uma exigência democrática que deve responder à demanda social e ser acompanhada pela busca de referências comuns.
Isso pode ser alcançado por meio de uma educação de qualidade e pluridisciplinar que incorpore, aos livros didáticos e currículos escolares, questões relacionadas à memória e à transmissão dessa história de forma científica e rigorosa.
Também podemos atingir isso graças às políticas de salvaguarda do patrimônio cultural que considerem a diversidade e a complexidade dessa história: a abertura de museus interdisciplinares; a digitalização de mapas e arquivos; acervo e preservação de tradições orais; a definição dos “lugares de memória” como locais de reconhecido valor universal e a promoção de um turismo sustentável, que respeite as pessoas e os contextos socioculturais.
Na conjuntura em que vivemos, de polarização política intensa e ascensão de movimentos ultradireitistas, com um candidato bem pontuado na corrida presidencial minimizando o sofrimento dos negros que foram escravizados e afirmando jocosamente que eles se entregaram à escravidão de maneira voluntária, relembrar datas como a de hoje (23/08) é mais do que necessário: é fundamental!
Ao nos unirmos em torno de uma perspectiva compartilhada da história da escravatura e seu comércio, podemos construir uma história comum e sentar as fundações para um diálogo intercultural capaz de transmitir uma mensagem universal de conhecimento e tolerância.
O SINASEFE reafirma sua posição de estar ao lado da classe trabalhadora e de sua parcela mais precarizada, a população negra. Sigamos na luta por emancipação, justiça e igualdade!

*Material adaptado de texto da Onu-BR.